FGV articula intercâmbio com instituições de países árabes

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FGV articula intercâmbio com instituições de países árabes

Acordos estão sendo negociados com a Universidade Americana do Cairo e com a Universidade Americana de Beirute. Estudantes egípcios e libaneses poderão vir ao Brasil já no próximo ano.

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Aula de Relações Internacionais da FGV

Divulgação

Anba

São Paulo – A Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo está concluindo acordos com duas instituições de países árabes para intercâmbio de estudantes. Os convênios são com a Universidade Americana do Cairo, no Egito, e a Universidade Americana de Beirute, no Líbano.

Os acordos vão permitir que graduandos brasileiros em Relações Internacionais estudem de um a dois semestres fora, e os alunos estrangeiros frequentem aulas no Brasil pelo mesmo período. A expectativa é de que o intercâmbio comece pela vinda de árabes à FGV a partir do ano que vem. Já os brasileiros poderão viajar em 2021, isso porque o curso de RI na instituição começou em 2019 e o intercâmbio está disponível a partir do terceiro ano de estudo.

Hoje, a faculdade brasileira recebe alunos de mais de 100 países em seus cursos. A expectativa do coordenador da graduação da FGV, Eduardo Mello, é de receber maior número de pessoas árabes nos próximos anos.

A aproximação com as instituições árabes acompanha o plano da FGV de intensificar as relações com o Oriente Médio. “Somos uma universidade em São Paulo, que é cidade global e tem uma grande comunidade de origem do Oriente Médio, e com uma economia muito integrada, que participa de cadeia de comércio que envolve esses países. Nosso objetivo é oferecer um treinamento que permita dialogar com Oriente Médio e com mundo árabe, em particular”, afirmou Mello à ANBA.

Quem está articulando os convênios é Oliver Stuenkel, coordenador do MBA de Relações Internacionais da FGV e responsável por intercâmbios na instituição. “Isso faz parte de projeto nosso para treinar uma elite brasileira que saiba lidar com sofisticação com um mundo cada vez mais multipolar, que requer um conhecimento que vai além da Europa e Estados Unidos. O Brasil precisa ter compreensão sofisticada do Oriente Médio, Ásia, Norte da África. O Cairo é uma cidade muito relevante, não só pelo país e economia, mas porque é a sede da Liga Árabe e importante parceiro comercial do Brasil. Queremos treinar especialistas em Oriente Médio”, declarou Stuenkel.

A FGV faz parte de uma aliança de universidades globais, a International Development and Public Policy Alliance (IDPPA). Foi por meio de encontros da IDPPA que o coordenador fez contato com os árabes. “Identificamos um interesse mútuo no intercâmbio. O acordo entre alunos muitas vezes é um primeiro passo para colaboração mais ampla entre pesquisadores e professores. Eu vou [ao Egito] no ano que vem para uma série de eventos para falar sobre o Brasil e relações bilaterais, em cooperação com a embaixada brasileira no Cairo. O embaixador [do Brasil no Egito] Antonio Patriota é uma pessoa muito ágil e bem conectada. É um exemplo de como a rede diplomática brasileira trabalha neste sentido”, afirmou Stuenkel.

O número de vagas por ano ainda está sendo definido, mas a estimativa é que sejam de três a cinco intercambistas indo a cada universidade, e a mesma proporção sendo recebida. “A importância é o networking. Quando um dos nossos alunos atuar em uma empresa, a ideia é que ele possa manter os contatos feitos ao longo da graduação. Os alunos articulam suas preferências, mas a Universidade Americana do Cairo é muito conhecida. Eu sou muito otimista em relação ao interesse deles. Estou muito animado”, concluiu Stuenkel.