Financiamento sustentável e preservação ambiental com respeito às populações do campo, das florestas e das águas são temas do G20 durante a presidência brasileira. Um exemplo de cooperação entre países pela agenda ambiental é o Fundo Amazônia. Criado em 2008, mesmo ano em que ocorreu a primeira reunião da Cúpula do G20 com chefes de Estado e de Governo, o fundo se tornou uma das principais iniciativas internacionais para redução das emissões de gases e preservação da Amazônia, maior floresta tropical do mundo.
No último ano, foram anunciadas doações que totalizam R$ 3,9 bilhões, com aporte significativos de países que integram o G20: R$ 2,5 bilhões dos Estados Unidos, R$ 715 milhões do Reino Unido, R$ 186 milhões da Alemanha e R$ 106 milhões da União Europeia. A Noruega, país convidado do G20 neste ano, destinou R$ 250 milhões ao fundo.
Os noruegueses foram os primeiros doadores do Fundo Amazônia, e já contribuíram com cerca de R$ 3 bilhões de 2009 a 2018. Cooperação que reconhece os resultados obtidos pelo Brasil no combate ao desmatamento. Em 2023, houve queda de 50% da área sob alertas de desmatamento na Amazônia de janeiro a novembro em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A floresta, além do Brasil, abrange mais sete países (Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Suriname).
“O Fundo Amazônia é mais importante do que nunca para combater o desmatamento e contribuir para o desenvolvimento sustentável na Amazônia”, colocou o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, durante o anúncio, na COP 28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em dezembro de 2023.
Durante a primeira reunião da Trilha de Sherpas do G20, em dezembro, em Brasília, o sherpa norueguês complementou o entendimento. “O que países desenvolvidos como a Noruega podem fazer é, além de conseguir bons acordos, apoiar os países em desenvolvimento na transição necessária. Um de nossos maiores programas de apoio aos países em desenvolvimento é a redução do desmatamento. O Brasil é o país em que mais contribuímos, pois é extremamente importante para o clima que paremos e reduzamos o desmatamento”, pontuou Henrik Harboe, sherpa da Noruega, na oportunidade.
Fundo Amazônia
Gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Fundo Amazônia dispõe de recursos não reembolsáveis para financiar projetos de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Em outras palavras, quanto menos desmatamento, mais dinheiro, gestão transparente e projetos que beneficiam moradores da floresta. Desde 2008, já são mais de 240 mil pessoas beneficiadas pelo fundo, 653 instituições e 75 milhões de hectares com manejo sustentável.
As informações são do G20.org