Embaixador Mohammed Elrashed reune a imprensa para relatar as dificuldades extremas no Sudão

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Em sua declaração a imprensa, Mohammed Elrashed Sidahmed afirmou que o maior objetivo da reunião é conscientizar a opinião pública e as autoridades brasileiras, sobre os fatos e as consequências que estão acontecendo com a população nesse conflito.

ElRashed demonstrou a preocupação do seu país com os brasileiros residentes lá e com a segurança de cada um, bem como a saída e retirada de todos das zonas de conflito, ente eles, funcionários da diplomacia e atletas profissionais. Referenciou também a comparação sobre o Brasil ser um exportador de atletas, jogadores de futebol e produtor de grande parte dos alimentos que abasteceram e abastecem o mundo na guerra entre Rússia e Ucrânia, em vez de ser um fornecedor de armas.

Na foto Abaixo, o embaixador mostra a foto de uma criança, que havia sido morta no conflito em menos de 24 horas antes dessa declaração, devido um míssil que atingiu a sua casa.

“Então, O que ocorre no Sudão é resultado de um motim de uma facção militar que se rebelou contra a fusão e a redesmobilizacão dentro do processo de transição democrática do qual o povo do Sudão edifica grandes esperanças na construção do Estado da liberdade, paz e justiça, bem como fundar um regime de governo civil submetido a vontade popular. O tratamento desse motim será conforme as leis e a disposições militares das Forças Armadas”, concluiu o Embaixador.

Segundo o Embaixador, o povo sudanês, vem sofrendo com uma série de calamidades sociais, como a falta de água e de energia, cortes em redes de comunicação e, a maior das tragédias, o corte nos serviços bancários que traz a falta de dinheiro nas mãos dos cidadãos, sendo que em muitas regiões, os meios de pagamentos ainda são tradicionais. Além disso, há paralisação de 50% dos hospitais e centros de saúde, pois são alvos de bombas ou, algumas delas, foram transformadas em centros de controle de motim. Muitos enfermos já perderam a vida por falta de insulina, crianças com câncer estão morrendo por falta de quimioterapia. Há também, a paralisia dos serviços governamentais e falta de combustíveis, além dos itens de necessidades básicas para um cidadão comum sobreviver.

Diante dessa situação humanitária as Forças Armadas aceitaram várias ordens de “cessar fogo”, alcançadas com o apoio saudita-americano. Os esforços regionais e internacionais continuam para garantir o cessar total.

Várias autoridades mundiais se preocupam com a situação no Sudão e inúmeras reuniões já foram realizadas em diversos países que apoiam a paz na região. Existe uma esperança de que esses contatos gerem fruto para que o país saia desse dilema, ser prolongar ainda mais essa situação.

O embaixador pontuou também, sobre a afirmação do Senhor António Guterres, Secretário Geral das Nações Unidas, onde relatórios relatam que alguns grupos terroristas em Regiões do Oeste Africano estão em rumo ao Sudão.

“A instabilidade no Sudão significa a explosão da situação em toda a região”, pontuou Antônio Gutierrez, Secretário Geral das Nações Unidas.

O embaixador comunicou que todos os acontecimentos tem sido devidamente relatados ao Ministério da Relações Exteriores do Brasil, às Embaixadas no Brasil e aos organismos internacionais sobre os desdobramentos dos fatos e dos dados oficiais emitidos pelo governo do Sudão. Esse conflito, segundo alguns relatórios americanos, pode se estender por mais tempo. O mundo todo, inclusive o Brasil, sofre com a inflação alta e aumento dos preços, mas no caso do Sudão os preços quadruplicaram e o pior pode ocorrer. Então o Sudão apela a todos no mundo que, como foram solidários a Ucrânia, sejam também com o país, solicitando a paralisação imediata dessa guerra, pois o Sudão, dentro da sua história, foi um dos países africanos que mais receberam movimentos de refúgio, onde muitos obtiveram a cidadania sudanesa e passaram a desfrutar de todos diretos de cidadãos. Hoje, muitos sudaneses estão abandonando tudo e fugindo para escapar do sofrimento dessa guerra. Parques e feiras estão totalmente destruídos.

Ainda, os motinados atacaram muitas sedes diplomáticas, embaixadas estrangeiras, em uma nítida agressão aos costumes e leis, ferindo a Convenção de Viena, que obriga proteger sedes diplomáticas, onde, ontem, a última Embaixada a ser atacada foi a da Índia.