A embaixada do Uruguai no Brasil, promoveu uma degustação de vinhos no B Hotel em Brasília, no dia 15 de maio. Compareceram no evento enólogos, jornalistas, empresários ligados ao comércio de vinhos e membros da missão diplomática do Uruguai no Brasil. Durante a degustação, também foram apresentados vídeos sobre o turismo e a explicação das produções dos rótulos apresentados. O Embaixador Gustavo Vanério e o ministro conselheiro da embaixada Manoel Etchevarrem, discursaram e explicaram a importância comercial dos vinhos para a economia uruguaia, locais de produção e outros aspectos turísticos do País.
Tannat: a queridinha do Uruguai
A uva Tannat, é origem francesa, mas tornou-se muito popular no Uruguai que o país já produz mais do que a própria França.O Uruguai tem apenas 3,2 milhões de habitantes e uma superfície de 177 mil km2. Está localizado entre os paralelos 30 e 35 sul, latitude considerada ideal para o plantio de vinhas, a mesma dos vinhedos argentinos, chilenos, sul-africanos e neozelandeses. Mas o que chama mais atenção em sua produção é o sucesso das vinhas de Tannat, provenientes do continente europeu, mais especificamente no sudoeste francês.
Foi por volta de 1870 que o imigrante francês Don Pascual Harriage plantou as primeiras parreiras de Tannat. Só 200 anos mais tarde, porém, a produção comercial ganhou impulso, fase em que os imigrantes bascos iniciaram o cultivo dessa uva. O sucesso foi tanto que a Tannat tornou-se símbolo das vinícolas do país e hoje ocupa um terço de toda a área plantada do país. No total são cerca de 400 vinícolas no país, sendo que cerca de trinta delas têm expressão internacional. Muitas são as variedades cultivadas no Uruguai. As tintas representam 72% da área cultivada. Tannat uruguaia, também conhecida no país como Harriague, referência a Don Pascual, apresenta um estilo diverso do francês, devido às diferenças clonais e de terroir. s, mantendo as características de cor escura, com taninos marcados, teor alcoólico médio e afinidade com carvalho. Para moderar sua adstringência, ela costuma ser cortada no Uruguai com a Merlot ou com a Cabernet Sauvignon para dar maior estrutura ao líquido.
Foram 9 rótulos apresentados em Brasília, que variaram de um custo popular até mesmo com vinhos de custo a cerca de 600 reais. Para todos os bolsos e gostos.