Por Fabiana Ceyhan
A Coreia do Sul é considerada um milagre econômico mundial por ser uma das grandes histórias de superação e rápida ascensão. O país conseguiu mudar a vida de sua população, saindo da linha de um país subdesenvolvido para um país desenvolvido. Aliás, muito desenvolvido.
Quando a Guerra da Coreia teve fim, em 1953, a nação, destruída pelo conflito, era mais pobre do que a maioria das nações latino-americanas. Muitos coreanos vieram para o Brasil, à procura de uma vida melhor. Hoje, existem cerca de 50 mil coreanos residindo no país.
As coisas mudaram muito e a Coreia é, hoje, uma das economias mais sofisticadas do mundo. A experiência do país levou a muitas tentativas de compreender o que permitiu este crescimento econômico tão rápido.
Procurando informações, me deparei com uma narrativa de Jasper Kim, professor da Universidade Ewha, em Seul: “A Coreia do Sul conseguiu chegar onde está, apostando no único recurso que tinha em abundância: seu povo”.
O país passou da pobreza para a riqueza num curto espaço de tempo. Esta é, talvez, a parte menos controversa das explicações que foram dadas para examinar o milagre econômico sul-coreano.
Economistas e líderes de todas as tendências políticas concordam que aumentar o capital humano através de um grande investimento na educação é um dos segredos do sucesso da nação asiática.
Outras explicações são mais complexas e suscitam críticas. Entre as características dos negócios na Coreia do Sul está a forte presença de grandes grupos empresariais dominados por famílias, conhecidos como “chaebol”.
Samsung é o mais famoso desses grupos. Eles vendem de tudo, de máquinas de lavar a telefones celulares, incluindo hotéis e seguradoras. Vale ressaltar que o controle de vários desses grupos foi herdado. A Samsung, por exemplo, é controlada pela família Lee desde 1938. Lee Kun Hee (72 anos) assumiu o comando no lugar de seu pai, em 1987.
Talvez o mais complexo de todos os fatores a explicar seja o papel desempenhado pelas instituições políticas, particularmente nos anos em que a economia do país começou a deslanchar, na década de 1960.
Muitos dizem que o governo autoritário sul-coreano da época teve a ver com isso. O controverso Park Chung-Hee tomou o poder num golpe militar em 1961 e governou durante 18 anos.
Alguns críticos alegam que ele usou seu poder para pressionar os ricos a investir nas indústrias do país. Mesmo sobre controversas declarações de alguns estudiosos, todos são unânimes em afirmar um fato: “Deu Certo!”
A prosperidade e estabilidade econômica da Coreia é conhecida por todo o mundo. É difícil dizer se o que aconteceu por lá funcionaria hoje. Mas, funcionou à época.
Tecnologia
A população da Coreia do Sul desfruta de um elevado desenvolvimento humano. A infraestrutura de transportes e telecomunicações do país é uma das mais modernas do mundo. A Tecnologia está por todos os lados e a comodidade proporcionada pela organização é exemplo mundial.
Turismo e atrações
Segundo a revista Forbes, o K-pop é a razão mais citada para visitar o país, de acordo com um relatório divulgado em outubro, pelo Ministério da Cultura e Turismo da Coreia do Sul. Por três anos, pesquisadores acompanharam menções da cultura coreana nas mídias sociais e online nos 20 principais países e, os assuntos que mais impulsionaram o turismo foram: o K Pop, a comida coreana e a cultura.
Uma rápida passagem pela Embaixada
Para falar tudo sobre este fascinante país, seria preciso escrever um livro, não um texto. O investimento coreano está por todas as partes, e quando falo de investimento não é só financeiro. Há um investimento humano, um “soft power‘’.
Um exemplo disso é o simpático embaixador da Coreia no Brasil, Lim ki -mo. Um diplomata de carreira que, além de cumprir o papel burocrático que a missão exige, encantou o povo brasileiro cantando músicas locais, de artistas populares. Aprendeu tudo, decorou todas as letras, canta e conquista pessoas por onde passa. Está presente nos maiores jornais do Brasil e é conhecido de norte a sul.
Isso demonstra o grau de envolvimento com o trabalho e o respeito com o país anfitrião. O ministro da Embaixada Gun Hwa Kim, também é outro exemplo. Escreveu, inclusive, um livro sobre o Brasil e fala português.
Cultura
Enfim, há muito o que escrever, falar e ouvir sobre a Coreia. Não podemos esquecer as séries e filmes da NETFLIX que aparecem a cada dia como sugestão para assistirmos.
A peculiar e única cidade de Busan, a metrópole organizada, Seoul e o interior tradicional.
Um conjunto de investimentos tecnológicos, humanos, que mantêm viva a tradição milenar e a modernidade em um só local, com um objetivo claro: preservar o desenvolvimento conquistado.
A Coreia tem muito a ensinar ao mundo e, aos poucos, vamos aprendendo e conhecendo ainda mais. Precisamos destes exemplos para crescermos como nação e até mesmo como pessoas.