A Coreia do Norte lançou vários projéteis ao mar nesta segunda-feira (9) como parte de testes de disparos, de acordo com as Forças Armadas da Coreia do Sul, levando a pedidos de Estados Unidos e China para que o governo de Pyongyang volte a conversar sobre o fim de seus programas nuclear e de mísseis.
Lançados uma semana após a retomada de testes de mísseis após um intervalo de três meses, incluindo disparos de um sistema de lançamento múltiplo de foguetes (MLRS), os projéteis voaram até 200 quilômetros (km) de distância e atingiram 50 km de altitude, segundo anunciou a Estado Maior Conjunto da Coreia do Sul (JCS).
As esperanças em relação ao diálogo cresceram quando o líder norte-coreano, Kim Jong Un, se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para uma cúpula histórica em Cingapura em junho de 2018. Mas, desde então, nenhum progresso significativo foi atingido mesmo depois de duas ouras reuniões entre os líderes.
Uma porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou: “Continuamos nosso pedido para que a Coreia do Norte evite provocações, cumpra as obrigações de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, e volte às negociações continuadas e substanciais para fazer sua parte e atingir sua completa desnuclearização.”
Autoridades dos EUA, que falaram em condição de anonimato, disseram que pelo menos quatro projéteis haviam sido detectados. Uma das autoridades disse que de acordo com informações iniciais que poderiam mudar, foram disparados cinco projéteis, três deles mísseis de curto-alcance conhecidos como KN-25 e os outros dois eram KN-09.
O Ministério das Relações Exteriores da China pediu que todos os lados usem o diálogo e mostrem flexibilidade, dizendo que a situação era “complexa e sensível”. “Também pedimos que os lados adotem iniciativas positivas para acalmar a situação, e para tornar real a desnuclearização e a paz duradoura na região e na península”, disse o porta-voz Geng Shuang em um pronunciamento.
* Reportagem adicional de Chris Gallagher em Tóquio, Idrees Ali e David Brunnstrom em Washington e Yew Lun Tian em Pequim
Agência Brasil