Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos confirmaram que estão se juntando ao Brics depois de terem sido convidados no ano passado, anunciou a ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor.
Os cinco países foram convidados na cúpula realizada em agosto em Johanesburgo, para se juntar a Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. Para o BRICS, o aumento dos membros serve para remodelar uma ordem mundial considerada ultrapassada.
Mais 30 países na fila
O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, anunciou que aproximadamente 30 países demonstraram interesse em se juntar ao Brics. Ele participou de uma reunião de sherpas e vice-sherpas – negociadores – do Brics em Moscou.
Na última terça-feira (30/1), a Rússia assumiu formalmente presidência rotativa do Brics em 2024. A Cúpula dos Brics com novos membros será em outubro, em Mpscou.
Na América Latina, Bolívia, Cuba e Venezuela já manifestaram interesse em aderir ao Brics. A lista de interessados também inclui Argélia, Cazaquistão, Nigéria e Indonésia, dentre outros.
Conforme a agência russa Tass, Lavrov destacou que seu país prestará “especial atenção” aos novos membros do bloco. “Esperamos que se integrem organicamente em nosso trabalho conjunto e contribuam assim para o fortalecimento das tendências positivas não apenas dentro do Brics, mas também na arena internacional em prol da maioria mundial”.
O vice-ministro, Sergey Ryabkov, classificou como “crucial” a expansão do bloco que reúne as principais economias em desenvolvimento. “A ampliação dos Brics ajudará a criar uma nova ordem mundial multipolar, mais justa e equitativa, que refletirá melhor a situação internacional real e permitirá aos países em desenvolvimento expressarem-se de forma mais clara e firme”, ressaltou.