Após a decisão dos Estados Unidos de sair do acordo nuclear com o Irã, o chefe das Nações Unidas, António Guterres, disse nesta terça-feira (8) estar “profundamente preocupado” com a medida, e pediu que todas as partes preservem o plano.
O presidente norte-americano, Donald Trump, fez o anúncio na Casa Branca, e imediatamente depois assinou um memorando para iniciar a retomada das sanções econômicas contra o Irã em seu “nível mais alto”.
Após a decisão dos Estados Unidos de sair do acordo nuclear com o Irã, o chefe das Nações Unidas, António Guterres, disse nesta terça-feira (8) estar “profundamente preocupado” com a medida, e pediu que todas as partes preservem o plano.
O presidente norte-americano, Donald Trump, fez o anúncio na Casa Branca, e imediatamente depois assinou um memorando para iniciar a retomada das sanções econômicas contra o Irã em seu “nível mais alto”.
Em comunicado divulgado pouco depois, o secretário-geral da ONU disse: “estou profundamente preocupado com o anúncio de hoje dos EUA de se retirar do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) e de retomar as sanções norte-americanas”.
“Reiterei de forma consistente que o JCPOA representa uma importante conquista para a não proliferação nuclear e para a diplomacia, contribuindo para a paz e segurança nacionais e internacionais”, acrescentou.
O acordo — fechado por Irã, China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido, EUA e União Europeia — estabelece mecanismos rigorosos para monitorar as restrições estabelecidas ao programa nuclear iraniano, enquanto abre caminho para a retirada das sanções da ONU contra o país.
“É essencial que todas as preocupações relativas à implementação do plano sejam consideradas por meio dos mecanismos estabelecidos no plano”, disse Guterres, acrescentando que “questões não diretamente relacionadas ao JCPOA” deveriam ser tratadas separadamente.
O chefe da ONU pediu que os demais participantes do acordo cumpram totalmente seus respectivos compromissos e que todos os Estados-membros apoiem o JCPOA.
Mais cedo neste mês, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou um comunicado por meio de seu porta-voz, reiterando o fato de que, de acordo com relatório de dezembro de 2015, a agência não tinha indicações de atividades do Irã relevantes para o desenvolvimento de explosivos nucleares depois de 2009″.
Na reunião do Conselho da agência realizada em março deste ano, o chefe da AIEA, Yukiya Amano, disse que o Irã estava cumprindo o acordo e que inspetores da AIEA tiveram acesso a todos os locais, após solicitação. “Se o acordo falhar, seria uma enorme perda para a verificação nuclear e para o multilateralismo”, disse.
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