Braga Netto compareceu à Câmara atendendo convite de três comissões, incluindo a CREDN e, no encontro, assegurou que não há intenções golpistas por parte das Forças Armadas.
Brasília – O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, assegurou, em audiência pública das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, Fiscalização Financeira e Controle, e Trabalho, Administração e Serviço Público, que não há intenções golpistas por parte das Forças Armadas. O militar foi chamado para prestar esclarecimentos sobre supostas ameaças, feitas por ele, à democracia.
“O Ministério da Defesa e as Forças Armadas seguem o previsto na Constituição. E o Presidente já disse para mim e para os comandantes que ele trabalha dentro das quatro linhas. Isso é o que ele disse para nós”, afirmou o ministro.
Braga Netto reiterou, ainda, que o desfile de blindados, no último dia 10, não pode ser visto como ameaça por parte das Forças Armadas ao Estado de Direito. Segundo ele, o evento estava planejado há meses. O que não estava planejado era a votação da PEC do voto impresso para o mesmo dia. Ele também confirmou que não haverá desfile militar no dia 7 de setembro, por conta da pandemia.
O ministro da Defesa destacou que “o país tem somente três poderes que têm de estar harmônicos e serem independentes”. Acrescentou, ainda, que as Forças Armadas “são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
Ao explicar que as Forças Armadas atuam estritamente de acordo com o que prevê o Artigo 142 da Constituição Federal, Braga Netto afirmou que “o Presidente da República não usa politicamente as Forças Armadas. Ponto. E não existe política partidária dentro dos quartéis. Alguns dos senhores confundem política com a defesa dos interesses das Forças Armadas”, concluiu.