Q: Ontem, o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo alegou no evento “2020 US-Brazil Connect Summit” que a parceria econômica e comercial com a China constitui uma ameaça ao Brasil e o país precisa reduzir a dependência de importações da China para sua própria segurança. Além disso, o Conselheiro do presidente americano para Assuntos de Segurança Nacional, Robert O’Brien, durante a sua visita ao Brasil, atacou a segurança de 5G da Huawei por considerá-la uma ameaça à segurança nacional do Brasil. Quais são os comentários da embaixada?
R: No evento “2020 US-Brazil Connect Summit” e durante a visita ao Brasil, o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e o Conselheiro do presidente americano para Assuntos de Segurança Nacional, Robert O’Brien, espalharam com má fé mentiras políticas contra a China, fabricaram a chamada “ameaça chinesa” e atacaram a tecnologia de 5G da China. Esses políticos americanos, no seu número pequeno, se vangloriam de mentir, enganar e roubar, e se tornaram em criadores de problemas que ferem a ordem internacional e ameaçam as regras internacionais. Ao ignorar os fatos básicos e produzir comentários baseados na mentalidade de guerra fria e jogo de soma zero, eles têm como objetivo real servir a certos interesses políticos, tirar proveito político dos ataques que difamam a China, atrapalham a cooperação internacional e instam a confrontação. Isso merece a nossa veemente objeção.
Reiteramos que a China busca construir um novo modelo de relações internacionais centradas na cooperação de benefícios compartilhados e jamais interferiu nos assuntos internos e políticas externas de outrem. A China sempre desenvolve parcerias com os outros países, incluindo o Brasil, com base em respeito mútuo, igualdade, benefício recíproco, abertura e transparência. O objetivo dessas parcerias é promover o progresso comum, em vez de visar ou excluir terceiros. Desde o surto de COVID-19, a China e o Brasil têm mantido cooperações no combate à pandemia e o lado chinês tem prestado apoio ao Brasil através de doação de materiais, compartilhamento de experiências no diagnóstico e tratamento, além de parcerias estreitas no desenvolvimento de vacinas, etc., Enquanto isso, os EUA vêm agindo contra o espírito humanitário básico e até retiveram materiais médicos urgentes, inclusive respiradores, que foram enviados da China ao Brasil, numa tentativa maléfica de atrapalhar a cooperação normal entre a China e o Brasil.
Recentemente, um pequeno número de políticos americanos, desprezando os fatos e forjando uma série de mentiras, vem lançando ataques difamatórios contra o 5G da Huawei. Tem utilizado o aparato estatal para impedir as operações legítimas das empresas chinesas de alta tecnologia, abusando no pretexto de segurança nacional. Além disso, tem obrigado os outros países a adotar políticas discriminatórias e excludentes que miram empresas chinesas como a Huawei. É uma prática hegemônica flagrante que revela a sua hipocrisia em defender a chamada equidade e liberdade, e é um típico padrão duplo que viola tanto os princípios de economia de mercado quanto as regras de abertura, transparência e não discriminação que regem a OMC. A comunidade internacional não vai se esquecer do histórico sujo dos EUA na segurança cibernética, que tinham conduzido operações de espionagem massiva, organizada e indiscriminatória contra os governos, empresas e indivíduos, entre eles os líderes dos países como o Brasil e das organizações internacionais. Tais ações dos EUA, que prejudicam a privacidade e segurança de outrem, são as verdadeiras ameaças à segurança cibernética do mundo. A comunidade internacional deve ficar alerta com a malevolência dos EUA de sacrificar o desenvolvimento dos outros países para buscar a superioridade dos seus próprios interesses, conter o crescimento dos países de mercados emergentes como a China e provocar intencionalmente fissuras entre a China e seus amigos.
Sendo parceiros estratégicos globais e membros do G20 e do BRICS, a China e o Brasil compartilham amplos interesses comuns nos temas internacionais e regionais. A China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil por 11 anos seguidos. É a maior fonte de superávit comercial e um dos principais investidores do Brasil. Os fatos mostram que a cooperação China-Brasil possui alta complementaridade e reciprocidade, e portanto, salvaguardar e desenvolver firmemente as relações bilaterais condizem com os interesses fundamentais e de longo prazo dos dois países e povos. Temos a certeza de que as nossas relações não serão desviadas do trilho de desenvolvimento saudável e estável por qualquer interferência externa. O lado chinês está disposto a trabalhar junto com os diversos setores do Brasil para aumentar a confiança mútua, superar as diversas ingerências, expandir a nossa parceria tanto nas áreas tradicionais como nas emergentes, incluindo o 5G, além de continuar promovendo o desenvolvimento contínuo e aprofundado das relações sino-brasileiras, beneficiando ainda mais os nossos povos.