Bali, um paraíso cheio de curiosidades!

Na primeira parte desta matéria sobre a minha viagem á Indonésia, falei sobre a infra- estrutura de Jacarta, sobre o fórum de negócios que participei, representando o Brasília in foco e do empenho da Indonésia em aumentar as relações bilaterais com o Brasil, da abertura deles para o mercado de importações da carne brasileira. De Jacarta passei para Yogyakarta onde visitei o maior templo budista do mundo, construído no século 8 antes de Cristo, o Borobudur e do templo Hinduísta Prambanam, patrimônio mundial tombado pela UNESCO, também construído antes de Cristo pela dinastia da época. Espetáculos históricos que realmente causam emoção ao visitante.

Após Yogyakarta, pegamos um vôo da companhia aérea da Indonésia, a Garuda Airlines, os aviões são novos, e o serviço impecável, me senti muito segura e fui informada de que esses vôos domésticos entre essas cidades custam cerca de 400 reais por pessoa.

Ao desembarcarmos em Bali, encontramos um mundo á parte. A Indonésia é o maior país muçulmano do mundo e isso é notável em Jacarta e em Yogyakarta, porém a ilha de Bali , com cerca de 6 milhões de habitantes é um reduto dos Hinduístas. Apesar dessas religiões conviverem em paz no país, nota-se a diferença ao chegar na ilha. Várias flores são colocadas como oferendas nas portas do variado comércio e várias estátuas de pedra, enormes estão por toda a ilha, estátuas que representam o Hinduísmo.

Ficamos hospedados na badalada praia de Kuta, onde vários hóteis internacionais fazem parte da orla, assim como muitos restaurantes. Pela calçada muitas australianas caminhavam de biquini e de roupas de banho, bem á vontade. Vi turistas de todas as partes do mundo, me lembro de ter escutado o espanhol, português, mas a maioria dos turistas em Kuta eram russos e australianos, reconheci alguns chineses também. Bali é um destino mundial e a ilha por si só recebe mais turistas do que todo o Brasil, segundo as estatísticas.

Vista de Uluwatu

Vou voltar um pouquinho atrás e falar do aeroporto. Fui nesta viagem como jornalista, porém no grupo também haviam diplomatas e outros, então eu não poderia parar a todo momento para ficar perguntando e tirando minhas dúvidas , pois tinhámos um programa de viagem pré- determinado. Explico isso pois ao chegar em Bali notei que o aeroporto é internacional e vi placas de linhas aéreas que saem direto da Holanda, da Turquia, da Russia para Bali, ou seja, muitos turistas chegam direto a Bali sem passar por Jacarta ou outro destino, apesar da Indónesia ser um arquipelágo com mais de 17 mil ilhas, não tem como negar a preferência dos turistas estrangeiros por Bali.

Virgin Beach Island- Ilha da praia virgem

Apesar de ser um destino com praias paradisíacas, algumas até paga-se para entrar pois são impecavelmente mantidas pela administração na sua essência natural. Notei isto na visita a Virgin Beach Island( Praia da Ilha virgem).

Não tivemos tempo de conhecer os grandes resorts, mas soube que há vários na praia de NUSA – NUSA Beach.Porém fomos ver o pôr do Sol na praia de Uluwatu, que além de ser lindo, também abriga um templo budista aberto para visitação. Fomos também na Floresta dos macacos e visitamos praticamente um templo por dia ou mais. Recomendo uma estada de pelo menos 10 dias na ilha para que possa ser explorada de forma a conhecer a história e as belezas naturais, que incluem também visitas a cachoeiras, florestas, restaurantes magníficos, e uma infraestrutura espetacular.

Compras em Bali:

Cuidado você pode enlouquecer! os preços são muito acessíveis para quem vai do Brasil, é tudo muito barato mesmo, roupas de qualidade, acessórios, presentes, chocolates, chapéus, biquínis, bolsas, esculturas, eles tem o que você quiser comprar e um comércio enorme por toda parte. Comprei vários BATIKS, que são as estampas produzidas a mão na Indonésia, cada uma com o seu significado, fazendo assim parte da cultura. Sobre o Batik, é interessante dizer que em muitas reuniões do Ministério das Relações Exteriores em Jacarta, os homens não usam terno e gravata, todos usam o Batik, que para os homens são camisas com estampas feitas a mão com pinturas exclusivas feitas na Indonésia. Para mulheres existem batas, vestidos, todos na estampa (Batik) que a Indonésia também exporta para o mundo.

Voltando para Bali: Acho que devido ao grande número de turistas , a ilha é bem diversificada também na questão da culinária. A comida da Indonésia é exótica e tem pratos bem saborosos, eu mesma repeti várias vezes uma sopa feita com rabada de boi e também gostei do prato Nasigoren. A comida é bem condimentada e apimentada e os turistas tem a opção de pedir que os pratos venham sem pimenta e também há nos cardápios vários pratos europeus e também pizzas, hamburgueres e outros. Os sucos naturais são maravilhosos, experimentei os de Goiaba e Manga, que são mesmo da fruta já que o país também é um paraíso tropical.

Bali também me pareceu um destino bem seguro, e o motorista que nos acompanhava nos disse que como a maior renda da ilha vem do turismo, todos são extremamente cuidadosos com os visitantes.

Outro aspecto importante, é que apesar de ser longe, há bilhetes que custam do Brasil , cerca de 1000 dólares, desde que sejam comprados com uma certa antecedência.

A distância não pode ser um empecilho para conhecer este país lindo! ah já ia me esquecendo de mencionar as pessoas! elas sorriem pra você em todos os ambientes e cidades, independente da religião ou da localização, a maioria da população é simpática e solícita com estrangeiras e alguns até pediram pra tirar fotos comigo e com a jornalista Isabel Almeida, minha colega de viagem!

Gostaria também de contar com detalhes sobre a vida noturna na ilha, mas infelizmente não conseguimos ir, mas durante os jantares nos restaurantes presenciamos gente dançando , música ao vivo e muita gente animada! ainda pretendo voltar e ficar por uns 10 dias, pois como mencionei anteriormente, Bali não é só praia, surf, compras , os pontos culturais e templos a serem visitados podem ser muito mais atraentes do que muitos possam imaginar!

Texto e Fotos: Fabiana Ceyhan- Direitos autorais exclusivos.

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Fabiana Ceyhan

Jornalista por formação, Professora de Inglês (TEFL, Teaching English as a Foreigner Language). Estudou Media Studies na Goldsmiths University Of London e tem vasta experiência como Jornalista da área internacional, tradutora e professora de Inglês. Poliglota, já acompanhou a visita de vários presidentes estrangeiros ao Brasil. Morou e trabalhou 15 anos fora do país.