Número de pessoas com mais de 60 anos deve subir 46% até 2030

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Na próxima década, projeta-se que o número de pessoas com 60 anos ou mais no mundo cresça 46%, tornando o aumento daqueles oficialmente classificados como idosos uma das “transformações mais significativas deste século”, disse a ONU nesta terça-feira (1), Dia Internacional dos Idosos.

Os países em desenvolvimento estão registrando os maiores aumentos. No sudeste da Ásia, os idosos representam quase 10% da população desde 2017, em comparação com 8% em 2010. Esse número continuará a subir, com as pessoas idosas representando 13,7% da população até 2030, de acordo com dados regionais da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Idoso conversa com crianças seguindo a tradição oral da língua caribenha mapoyo. Foto: Centro da Diversidade Cultural

Idoso conversa com crianças seguindo a tradição oral da língua caribenha mapoyo. Foto: Centro da Diversidade Cultural

Na próxima década, projeta-se que o número de pessoas com 60 anos ou mais no mundo cresça 46%, tornando o aumento daqueles oficialmente classificados como idosos uma das “transformações mais significativas deste século”, segundo a ONU

Até 2030, haverá 1,4 bilhão de idosos em todo o mundo, superando o número de jovens — um grande aumento em relação a 2017, quando esse volume era de 962 milhões.

Os países em desenvolvimento estão registrando os maiores aumentos. No sudeste da Ásia, os idosos representam quase 10% da população desde 2017, em comparação com 8% em 2010. Esse número continuará a subir, com as pessoas idosas representando 13,7% da população até 2030, de acordo com dados regionais da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Diante dessa “revolução demográfica”, é necessário prestar mais atenção às vulnerabilidades específicas que os idosos enfrentam, disse a especialista independente da ONU para os direitos humanos dos idosos, Rosa Kornfeld-Matte, em comunicado.

Diferentemente de refugiados, mulheres e crianças, pessoas com deficiência ou outros grupos, os idosos não são protegidos por nenhum instrumento específico de direitos humanos; o que pode explicar a falta de representação e os desafios únicos enfrentados por esse grupo em temas de política global, incluindo os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), disse a relatora.

“Precisamos defender agora os direitos dos idosos”, disse Matte. “Apesar de desejarmos viver o maior tempo possível, não queremos envelhecer. A gerontofobia generalizada, o medo da auto-degeneração e da morte relacionadas à idade alimentam o preconceito contra idosos, a discriminação e, finalmente, a negação dos direitos humanos na terceira idade.”

As desigualdades na terceira idade refletem desvantagens acumuladas, decorrentes de fatores como localização, gênero, questões socioeconômicas, de saúde e renda, lembrou a ONU.

Instando todos a defenderem os direitos das pessoas idosas, Matte disse: “todos temos o dever de garantir que as gerações futuras – nossos filhos e netos – à medida que envelhecem, sejam vistos como contribuintes valiosos para a sociedade”.

“Os jovens, hoje em posição de poder, precisam perceber que eles também envelhecerão. Cabe a eles moldar a realidade das pessoas mais velhas e o futuro que elas desejam”, acrescentou.


Com informações da : ONU Brasil