Secretário-geral da Câmara Árabe, Tamer Mansour, participou de encontro virtual da Associação dos Profissionais de Relações Internacionais nesta quarta-feira (08) e contou como o coronavírus impactou as relações do Brasil com o mundo árabe.
A pandemia da covid-19 trouxe mudanças na relação do Brasil com os países árabes, disse o secretário-geral e CEO da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Tamer Mansour, nesta quarta-feira (08) em encontro virtual da Associação dos Profissionais de Relações Internacionais (Apri), a Apri Meet. A associação está promovendo uma série de eventos virtuais e os países árabes foram o tema escolhido do último encontro.
“Essa relação com o mundo árabe, em função dessa nova era que estamos passando, pela covid-19, começa a mudar”, disse Mansour a um público formado por profissionais de Relações Internacionais e Comércio Exterior. No universo dessas mudanças, Mansour citou a possibilidade do Brasil fornecer produtos de maior valor agregado à região, em função das demandas surgidas na pandemia.
Segundo o secretário-geral, exportar aos árabes com valor agregado se tornou uma bandeira da Câmara Árabe. Ele citou setores como o de carnes, no qual o Brasil já exporta aos árabes, mas tem oportunidade de enviar variedades de cortes nobres ou com novos tipos de embalagens, certificações ou rastreabilidade. Ele lembrou que para esse produto, inclusive, surgiram novos canais de venda, virtuais.
Mansour citou outras transformações no mundo como um todo que impactam essas relações, como a troca do escritório pelo home office, as compras em lojas físicas pelas plataformas digitais, as reuniões presenciais pelas videochamadas.
A Câmara Árabe passou a promover conferências virtuais para falar das relações do Brasil e dos países árabes e de temas que as afetam, passou a ter um papel mais ativo na divulgação de forma virtual das informações que ajudam na aproximação e conhecimento das duas regiões, acelerou o processo de emissões de certificações digitais e lançou o Lab CCAB, laboratório para a criação de startups que envolvam brasileiros e árabes e que tenham como proposta negócios modernos.
O secretário-geral falou destas e de outras temáticas, como os fundos de investimento árabes, os valores envolvidos no comércio das duas regiões, o perfil populacional dos países árabes, a percepção dos árabes em relação aos brasileiros e vice-versa, respondeu perguntas dos participantes sobre intercâmbio educacional, oportunidades em zonas francas, entre outros assuntos.
O encontro foi aberto por Magda Dias, diretora de comunicação da Apri, e conduzido pelo diretor presidente do Conselho da Apri, Fabio Roberto Cordeiro. Cordeiro afirmou que acompanha o trabalho da Câmara Árabe e elogiou a atuação na pandemia.
Fonte: Anba