Novo programa de incentivo valoriza escritores de Brasília

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Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Autores de Brasília e aqueles que retratam os detalhes e questões da capital e suas regiões administrativas terão um olhar especial do Governo do Distrito Federal. Com a sanção da Lei nº 7.393/2024, no último dia 10 de janeiro, foi criado o programa de valorização dos escritores e escritoras brasilienses. O objetivo é incentivar a difusão das obras literárias e privilegiar a inserção dessas histórias nos acervos dos órgãos e bibliotecas públicas do DF.

O programa define que são autores brasilienses todos aqueles que residem no Quadradinho ou que, morando fora, se identificam com a região e a abordam de alguma forma em sua obra. Os autores serão cadastrados na Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF) para facilitar o acesso aos trabalhos.

A medida estabelece que as compras públicas deverão incluir um título de autoria brasiliense para cada dez livros adquiridos. Além disso, incentiva a realização de prêmios literários, exposição de obras de autores da capital, palestras e seminários. As bibliotecas públicas terão também que incentivar a doação de obras brasilienses para ampliação do acervo, bem como promover ações voltadas às escolas e bibliotecas públicas para a formação de novos leitores.

Para a diretora da Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), Marmenha Rosário, o programa é uma forma de fortalecer a atuação tanto dos novos escritores quanto dos mais antigos. “Temos uma literatura muito rica aqui no nosso quadradinho. Desde (Anderson) Braga Horta e Nicolas Behr, que são das primeiras gerações de Brasília, como também jovens talentos, como Lucas Marques, que recentemente ganhou o Prêmio Jabuti”, comenta. Os autores brasilienses ganharam uma estante especial no aquário de literatura do equipamento público.

O programa define que são autores brasilienses todos aqueles que residem no Quadradinho ou que, morando fora, se identificam com a região e a abordam de alguma forma em sua obra | Fotos: Joel Rodrigues/Agência Brasília
“Estamos reunindo as obras de autores de Brasília, que estão distribuídas pelo nosso acervo, na primeira estante do aquário. Assim, a primeira coisa que os nossos leitores vão ver quando entrarem serão os autores que escrevem sobre a nossa cidade”, explica Rosário. “Com a lei, poderemos chegar em todas as regiões administrativas, incentivando os escritores, mas, principalmente, fazendo com que o público conheça os nossos talentos e valorize a nossa cultura, a cultura do Distrito Federal”, acrescenta a diretora da BNB.

Visite!

A Biblioteca Nacional de Brasília fica próxima à Rodoviária do Plano Piloto e ao Museu Nacional da República. O equipamento funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados e domingos, das 8h às 14h. Não há atividade nos feriados.

Para pegar um livro emprestado com a BNB, basta comparecer pessoalmente ao espaço, escolher o exemplar e fazer um cadastro nos balcões próximos aos aquários de livros, no 2º e 3º andar. É preciso apresentar documento oficial com foto e comprovante de residência. O catálogo de livros disponíveis pode ser acessado no sistema da biblioteca. Atualmente, pode-se levar emprestado para casa até cinco obras simultaneamente. O empréstimo dura 30 dias, podendo ser renovado duas vezes pelo mesmo período de forma online.

O clube de leitura ocorre nas últimas quartas-feiras do mês. Para participar, basta ter lido o livro do mês e comparecer ao encontro, marcado sempre para às 18h30, no auditório da biblioteca. Neste mês, a obra a ser analisada é O Som do Rugido da Onça, da escritora pernambucana Micheliny Verunschk. Em fevereiro, será a vez de Estorvo, romance de Chico Buarque. Mais informações podem ser obtidas no Instagram da Biblioteca Nacional. Confira aqui a lista de bibliotecas geridas pelo GDF.