Operados pelo Corpo de Bombeiros, aparelhos serão mais uma ferramenta de prevenção à entrada do coronavírus em Brasília
O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) começa neste sábado (14) a usar três equipamentos modernos para detectar a presença de coronavírus em lugares de grande aglomeração de pessoas, como Aeroporto Internacional de Brasília e Rodoviária Interestadual. Os aparelhos são capazes de identificar a presença do novo coronavírus em ambiente com dezenas de pessoas – é o caso de um avião, de um ônibus, por exemplo – e, em duas horas, divulgar o teste de um paciente com sintomas da Covid 19. Além de voos domésticos, os militares irão atuar em viagens internacionais.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, há uma média de 25 voos internacionais por semana no terminal de Brasília, o que seria inviável de se averiguar um por um. Então, será feita uma triagem dos voos a partir de informações sobre suspeitas de contaminação por coronavírus entre passageiros e tripulação. As chamadas podem surgir da própria tripulação.
Quem ficará incumbido pela missão de impedir a disseminação da pandemia mundial no Distrito Federal pelo aeroporto ou pela Rodoviária Interestadual é o Grupamento de Proteção Ambiental. Por enquanto, os primeiros equipamentos utilizados serão as 20 câmeras térmicas de infravermelho. Todas as equipes estarão munidas do aparelho.
As câmeras térmicas são responsáveis por medir a temperatura dos corpos para detectar alteração de temperatura nas pessoas. Um dos sintomas de pessoas infectadas por coronavírus é a febre. Caso não tenha êxito, mas ainda assim haja a suspeita da presença do vírus na aeronave, os bombeiros podem utilizar outro equipamento, capaz de fazer a aferição do ar.
Funcionamento
O Coriolis é capaz de analisar o ar em cujo ambiente as pessoas estão. Ao ser instalado no local, o maquinário suga as partículas durante até 20 minutos. Após isso, a amostra é armazenada em um recipiente de 20 mililitros. Em seguida, é misturada em um reagente contido em uma terceira máquina.
Esta, por sua vez, é mais complexa e igualmente precisa. Chama-se Veredus e possui um chip para cada vírus. No caso do coronavírus, o chip faz análise em até duas horas. Este equipamento também analisa amostra de pessoas que apresentem sintomas. Basta colher a mucosa na boca dos suspeitos de infecção.
Após a presença do coronavírus ser confirmada no avião, os passageiros são liberados e o aparelho passará por um processo de higienização para exterminar o intruso. Segundo o capitão João Henrique, do Grupamento de Proteção Ambiental, a assepsia é simples. “Só borrifar água sanitária nos assentos, na fuselagem”, explica.
Ao todo, o Corpo de Bombeiros está equipado com 20 câmeras térmicas, três Coriolis e duas Veredus. Todas as equipes dos bombeiros responsáveis pelas ações de combate ao coronavírus estarão equipadas com as câmeras.
Além do equipamento, a corporação terá ainda oito ambulâncias equipadas e com especialistas em produtos perigosos. Duas ficarão fixas no Aeroporto Internacional e seis em pontos estratégicos do Distrito Federal. As duas equipes do terminal aéreo ficarão mobilizadas somente para voo internacionais.