Autoridades holandesas informaram neste mês (4) que quatro espiões russos tentaram em abril um ataque cibernético à Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ). O organismo da ONU realizava uma investigação sobre o suposto atentado químico em Salisbury, na Inglaterra, onde o ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha Yulia ficaram gravemente feridos em uma tentativa de envenenamento.
Autoridades holandesas informaram neste mês (4) que quatro espiões russos tentaram em abril um ataque cibernético à Organização para Proibição de Armas Químicas (OPAQ). O organismo da ONU realizava uma investigação sobre o suposto atentado químico em Salisbury, na Inglaterra, onde o ex-agente russo Sergei Skripal e sua filha Yulia ficaram gravemente feridos em uma tentativa de envenenamento.
O Ministério das Relações Exteriores da Holanda informou na semana passada que o Serviço de Inteligência e Defesa do país encontrou e prendeu quatro agentes russos perto da sede da OPAQ. A equipe de espiões estava em posse de equipamento especializado para hackear o sistema da agência da ONU, que fica localizada em Haia.
Em setembro (4), a OPAQ concluiu que a toxina utilizada no ataque de Salisbury era uma substância de alta pureza, o Novichok. A agência também afirmou que era “altamente provável” que a Rússia estivesse por trás do episódio. À época do atentado, o organismo enviou um time de especialistas para coletar amostras do local e também sangue dos três indivíduos envenenados — além do pai e filha russos, a policial Dawn Sturgess também foi contaminada e veio a falecer após o envenenamento.
A Rússia já negou repetidas vezes qualquer envolvimento com o ocorrido na Inglaterra.
Também na semana passada, os governos dos Estados Unidos, Inglaterra e Holanda acusaram espiões russos de participação em uma série de “conspirações cibernéticas” em todo o mundo. Alegações foram rejeitadas pelas autoridades da Rússia.
Em nova divulgada à imprensa, a OPAQ agradeceu ao governo holandês pela proteção e informou que houve um aumento de ataques cibernéticos à agência desde o início de 2018. O organismo afirmou que considera, com bastante seriedade, a segurança das suas redes e sistemas de informação.
A agência da ONU é responsável por monitorar e apoiar os países na implementação da Convenção sobre Armas Químicas. O documento é o tratado de desarmamento mais bem-sucedido do mundo, responsável por eliminar uma classe inteira de armas de destruição em massa.
Foto e texto: Site da Agência da ONU Brasil