Embaixadas da Alemanha e França se manifestam sobre a situacão na Ucrânia

0
123

A Embaixadora da França no Brasil ,Brigitte Collet e o Embaixador da Alemanha Heiko Thoms, se reuniram com a imprensa na tarde de ontem( 29-03) para falar sobre a Ucrânia e sobre os últimos acontecimentos e decisões tomadas pelo conselho europeu, que tem a França na presidência e Alemanha na lideranca do G7.

A Embaixadora Brigitte elogiou a posicão do Brasil no acolhimento de refugiados e informou que o presidente Emanuel Macron tem tido contato diário com o kremlim na tentativa de solucionar o conflito.

Países desenvolvidos estão procurando estratégias de investimento para ampliar a produção de alimentos próprios. “Para permitir que países dependentes de exportação aumentem investimentos em produção sustentável de alimentos”, disse. Já que a guerra produz escasses e as sancões podem afetar o mundo em geral.

O Alemão Heiko Thoms afirmou que essas são as maiores sanções comerciais aplicadas a um país desde a Segunda Guerra. “Estamos imensamente preocupados com os efeitos da guerra nas nossas fronteiras, mas também em outros lugares do mundo”.

O ponto principal da coletiva foi informar as decisões recentes do Conselho europeu e vale destacar alguns pontos :

A União Europeia está ao lado da Ucrânia e do seu povo, e o Conselho Europeu reitera a Declaração de Versalhes, reconhecendo as aspirações europeias e a opção europeia da Ucrânia, em conformidade com o Acordo de Associação. O Conselho Europeu reitera o
convite que dirigiu à Comissão para dar o seu parecer, em conformidade com as disposições pertinentes dos Tratados.

A União Europeia continuará a prestar um apoio coordenado a nível político, financeiro, material e humanitário. Até à data, a União
Europeia adotou sanções significativas que estão a ter um impacto maciço na Rússia e na Bielorrússia, e continua pronta para colmatar lacunas e fazer face a qualquer ação, eventual ou real, no sentido de contornar as sanções, bem como para avançar rapidamente com novas sanções fortes e coordenadas contra a Rússia e a Bielorrússia de modo a frustrar eficazmente a capacidade da Rússia de prosseguir a agressão.

O Conselho Europeu apela a todos os países para que se alinhem com essas sanções. Todas as
tentativas de contornar as sanções ou de ajudar a Rússia por outros meios têm de cessar.

A agressão militar russa contra a Ucrânia forçou milhões de pessoas a abandonar os seus lares. Muitas encontraram abrigo e segurança na União Europeia, o que foi
facilitado pelo mecanismo de proteção temporária. Deverá ser prestada especial atenção às necessidades dos mais vulneráveis, bem como às medidas destinadas a prevenir e detetar o tráfico de seres humanos. O Conselho Europeu presta homenagem a todos os cidadãos, organizações e autoridades que, na Europa inteira, têm demonstrado solidariedade para com os que fogem desta guerra atroz.

ENERGIA


A União Europeia eliminará progressivamente, assim que possível, a sua dependência da importação de gás, petróleo e carvão da Rússia, conforme estabelecido na Declaração de Versalhes. Por conseguinte, o Conselho Europeu aguarda com expectativa o plano
abrangente e ambicioso, elaborado em estreita coordenação com os Estados-Membros, que a Comissão apresentará para o efeito até ao final de maio de 2022. Serão tidas em conta as circunstâncias nacionais e a matriz energética dos Estados-Membros.
A persistência dos preços elevados da energia tem um impacto cada vez mais negativo nos cidadãos e nas empresas, agravado ainda mais pela agressão militar da Rússia contra a Ucrânia. O Conselho Europeu debateu a forma de prestar um maior auxílio aos
consumidores mais vulneráveis e de apoiar as empresas europeias a curto prazo.


O Conselho Europeu:


– Convida os Estados-Membros e a Comissão a continuarem a tirar o melhor partido do conjunto de medidas, incluindo o novo quadro temporário de crise para os auxílios estatais como desvio temporário em relação ao statu quo. Conforme proposto pela Comissão, a tributação temporária dos lucros inesperados, ou as intervenções regulamentares sobre esses lucros, podem constituir uma fonte útil de financiamento nacional; -Encarrega o Conselho e a Comissão, com caráter de urgência, de contactar as
partes interessadas do setor da energia e de debater se, e de que forma, as opções a curto prazo apresentadas pela Comissão (apoio direto aos consumidores através de vales, reduções de impostos ou através de um “modelo de agregador/comprador
único”, auxílios estatais, fiscalidade (impostos especiais de consumo e IVA), limites máximos de preços, medidas regulamentares como contratos diferenciais) contribuiriam para reduzir o preço do gás e combater o seu efeito de contágio nos mercados da eletricidade, tendo em conta as circunstâncias nacionais.

Segue o link completo :

https://www.consilium.europa.eu/media/55100/2022-03-2425-euco-conclusions-pt.pdf