Embaixada do Paquistão em Brasília emite comunicado sobre o Afeganistão

O povo do Afeganistão sofreu imensamente durante décadas de guerras no país. Depois do Afeganistão, o país que mais sofreu foi o Paquistão. A deterioração da situação de segurança território afegão devido à retirada precipitada dos Estados Unidos da América (EUA) e ao ressurgimento do regime Talibã é o assunto que mais preocupa o Estado do Paquistão. O Paquistão desempenhou seu papel com maior responsabilidade em relação ao processo de paz iniciado pelos EUA para o Afeganistão, em linha com as aspirações internacionais. Ao mesmo tempo, vale a pena mencionar que a continuação do conflito e da instabilidade do território afegão, certamente não é do interesse do Paquistão

Desde 2001, o Paquistão sofreu mais de 80.000 vítmas e mais de U$ 150 bilhões de perdas para a economia. Além disso, destas perdas, o Paquistão continua a hospedar mais de 4 milhões de refugiados afegãos e o país não está em posição de lidar com qualquer outro influxo de refugiados devido à intensificação do conflito por qualquer ator no Afeganistão. Devido à instabilidade e às ameaças de segurança transfronteiriças relacionadas, o Paquistão foi forçado a cercar sua fronteira porosa de 2.680 km com o Afeganistão. Para prevenir o movimento ilegal, o governo paquistanês reforçou a gestão das fronteiras e regularizou o regime de vistos para garantir que todas as travessias ocorram através dos pontos de passagem designados.

O Paquistão considera que a paz no Afeganistão é uma responsabilidade coletiva. Apesar da abordagem tardia da comunidade internacional em relação à reconciliação política, o Paquistão facilitou o processo de paz no território afegão. Durante os últimos dois anos, nosso apoio aos esforços de paz levou marcos importantes no “Processo de Paz de Doha”. Na situação prevalecente no país vizinho, o Estado do Paquistão está empenhado em desempenhar o seu papel em prol de um Afeganistão pacífico, estável, sobreano, unido, democrático e próspero. Ao mesmo tempo, o Paquistão espera não ser responsabilizado pelos fracassos de outros no território afegão, e a comunidade internacional deve permanecer ciente dos estragos dos esforços de paz, tanto fora quanto dentro do Afeganistão. O paquistão continuará a trabalhar com a comunidade internacional para promover os objetivos comuns de paz, progresso e estabilidade na região e além.

O Paquistão não tem favoritos no Afeganistão. Seguimos a política de alcanças todos os lados afegãos para um acordo político abrangente e uniforme na questão do Afeganistão. Da mesma forma, a influência do Paquistão nos Grupos Tribais / Talibã é limitada. Os afegãos são independentes em suas opiniões incluindo a decisão futuro sistema político no Afeganistão. A situação exige um maior compromisso da comunidade internacional para o envolvimento contínuo e apoio financeiro ao povo afegão para evitar violações dos direitos humanos / catástrofe humanitária.

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Fabiana Ceyhan

Jornalista por formação, Professora de Inglês (TEFL, Teaching English as a Foreigner Language). Estudou Media Studies na Goldsmiths University Of London e tem vasta experiência como Jornalista da área internacional, tradutora e professora de Inglês. Poliglota, já acompanhou a visita de vários presidentes estrangeiros ao Brasil. Morou e trabalhou 15 anos fora do país.