Embaixada da Suécia no Brasil dá início às comemorações dos 100 anos de Ingmar Bergman

0
93

Bergman100: Embaixada da Suécia no Brasil dá início às comemorações dos 100 anos de Ingmar Bergman

Brasília será a primeira parada da mostra Centenário Ingmar Bergman, organizada pela Embaixada da Suécia para celebrar no Brasil o centenário de nascimento de Ingmar Bergman. De 13 a 18 de junho, o Cine Brasília exibirá cinco clássicos do grande mestre do cinema escandinavo: Morangos Silvestres, O Sétimo Selo, Persona, Gritos e Sussurros e Sonata de Outono. As sessões, realizadas sempre às 18h30 e 20h30, terão entrada franca.

“Ingmar Bergman foi e é um gigante da cultura sueca, que representa um ponto de referência para os brasileiros conhecerem o país”, afirma o Embaixador da Suécia no Brasil, Per-Arne Hjelmborn. “Por isso, em parceria com Helen Beltrame Linné, ex-diretora do Centro de Bergman, em Fårö, vamos aproveitar a oportunidade que 2018 oferece e partilhar a obra e legado desse fantástico artista com novas audiências”, completa.

A mostra Centenário Ingmar Bergman integra uma agenda global do governo sueco. Além de Brasília, o festival passará por São Paulo (CineSESC), Porto Alegre (Cinemateca Capitólio), Goiânia (Cine Cultura), Belém (Cine Luxardo), Rio de Janeiro (Estação Botafogo) e Salvador (Panorama Coisa de Cinema). Outras cidades, como Niterói, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Curitiba e Ribeirão Preto, estão em negociação.

SOBRE INGMAR BERGMAN

Nascido em 14 de julho de 1918, em Uppsala (Suécia), e falecido em 30 de julho de 2007, em Fårö (Suécia), Ingmar Bergman é conhecido não apenas como o maior cineasta da Escandinávia, mas também um dos grandes artistas que ajudaram a reinventar o cinema. Suas obras icônicas, que refletem quase sempre o seu estarrecimento frente a temas universais como Deus, angústia, culpa, ,morte e amor, trouxeram uma nova profundidade e intimidade para todas as disciplinas das artes performativas. Bergman teve uma extensa e prolífica carreira e, apesar de ser conhecido mundialmente principalmente pelo seu trabalho como diretor de cinema, ele foi um homem do teatro, além de exímio escritor. Seus trabalhos compreendem 300 textos em diversos formatos, 170 peças, pouco mais de 60 filmes para televisão e cinema, fora os documentários. Ainda hoje, as suas obras são as mais exibidas na Escandinávia, de modo que o Centenário de Bergman é a celebração de um artista com um legado vivo. Entre as suas obras mais celebres estão O Sétimo Selo, Morangos Silvestres e Persona, assim como a autobiografia Lanterna Mágica.

Considerado uma das figuras mais importantes da história da arte cinematográfica, Ingmar Bergman inspirou cineastas como François Truffaut, Woody Allen e Stanley Kubrick, e também conquistou a, admiração da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas: recebeu nove indicações ao Oscar e faturou seis estatuetas.

SERVIÇO:
BERGMAN 100 ANOS
Data: 13 a 18/06
Local: Cine Brasília (EQS 106/107, s/n)
ENTRADA FRANCA

PROGRAMAÇÃO:
DATA 18h30 20h 20h30
13/06  Abertura Persona
14/06 Sonata de Outono Gritos e Sussurros
15/06 Morangos Silvestres O Sétimo Selo
16/06 Persona Sonata de Outono
17/06 Gritos e Sussurros Morangos Silvestres
18/06 O Sétimo Selo

SINOPSES

Morangos Silvestres (1957)

Isak Borg (Victor Sjöström) é um professor de medicina que revisita vários momentos marcantes de seu passado durante uma viagem de carro até sua antiga universidade, onde ele irá receber uma honraria. Acompanhado de sua nora Marianne (Ingrid Thulin) ele evoca memória de sua família e de sua ex-namorada. Durante a viagem ele conhece uma garota adolescente que em muito se assemelha a Sara, seu antigo amor. A jovem pega carona com o professor e Marianne. Quanto mais Borg recorda as decepções e desilusões que viveu, mais ele se sente frio e cheio de culpa. Esses sentimentos se afloram quando ele encontra seu filho, igualmente frio e ressentido.

O Sétimo Selo (1957)

Após dez anos, um cavaleiro (Max Von Sydow) retorna das Cruzadas e encontra o país devastado pela peste negra. Sua fé em Deus é sensivelmente abalada e enquanto reflete sobre o significado da vida, a Morte (Bengt Ekerot) surge à sua frente querendo levá-lo, pois chegou sua hora. Objetivando ganhar tempo, convida-a para um jogo de xadrez que decidirá se ele parte com a Morte ou não. Tudo depende da sua vitória no jogo e a Morte concorda com o desafio, já que não perde nunca.

Persona (1966)

Após um desempenho na peça “Electra”, uma famosa atriz, Elisabeth Vogler (LIv Ullmann), pára de falar. Sua psiquiatra, Lakaren (Margaretha Krook), a deixa sob os cuidados de Alma (Bibi Andersson), uma dedicada
enfermeira. Como já fazem três meses que Elisabet não profere uma palavra, Lakaren decide que ela deva ser mandada para uma isolada casa de praia, com Alma. Na casa Alma fala pelas duas, pois Elisabet continua muda, comunicando-se apenas com pequenos gestos. Com o convívio Alma fica uma pouco enamorada pela atriz. Num dia conta para Elisabeth sobre uma excitante experiência sexual que teve numa praia, com desconhecidos, e a conseqüência desagradável disto. Pouco depois de fazer esta confidência ela lê uma carta que Elisabeth tinha escrito, onde fica chocada ao descobrir que a atriz pensa nela como um divertido objeto de estudo.

Gritos e Sussurros (1972)*

Em uma casa no campo uma mulher está bastante enferma e recebe cuidados de suas duas irmãs e de uma empregada da família, que precocemente perdeu sua filha e por isso extravaza seu amor de mãe dando o maior carinho possível para aquela moça tão debilitada. Dentro deste contexto lembranças, frustrações e imaginações em um misto de amor e ódio surgem no interior de cada pessoa. *Não recomendado para menores de 16 anos Sonata de Outono (1978)

Após ter sido uma mãe ausente por anos, Charlotte (Ingrid Bergman), uma renomada pianista, vai até a casa de sua filha Eva (Liv Ullmann) para lhe fazer uma visita. Ela se surpreende ao encontrar sua outra filha, Helena (que tem problemas mentais. Eva tirou Helena da instituição que Charlotte a havia internado para cuidar dela em casa. A tensão entre mãe e filha começa a crescer devagar até elas colocarem tudo em panos limpos, dizendo tudo que sempre gostariam de dizer.