O Conselho de Segurança aprovou nesta quarta-feira uma resolução sobre a situação em Gaza apelando à abertura de pausas e corredores humanitários urgentes e prolongados.
O documento passou com 12 votos favoráveis e abstenções da Rússia, do Reino Unido e dos Estados Unidos. O texto proposto por Malta defende ainda um acesso humanitário completo, rápido, seguro e desimpedido a áreas de Gaza.
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Libertação imediata e incondicional de todos os reféns
A resolução aborda a questão do “cumprimento do direito internacional, nomeadamente a proteção dos civis, especialmente das crianças, e a libertação imediata e incondicional de todos os reféns detidos pelo Hamas e outros grupos, em particular os menores”.
Antes da votação, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, disse estar “extremamente preocupado” após a perda de contato com sua equipe no Hospital Al-Shifa, em Gaza, na sequência de ações de militares israelenses no local.
Falando a jornalistas em Genebra, Tedros Ghebreyesus, classificou como “profundamente preocupantes” os relatos da operação que, segundo agências de notícias, iniciaram na noite terça-feira, hora local.
Situação cada vez mais precária
O chefe da OMS destacou que os combates levantam profunda preocupação com a saúde e bem-estar dos funcionários e do povo de Gaza, numa situação que se torna mais precária a cada hora.
A agência carece de atualizações sobre o número de mortos ou feridos em Gaza nos últimos dias, o que dificulta a avaliação do funcionamento do sistema de saúde.
A única informação disponível destaca que apenas um quarto dos hospitais de Gaza ainda funciona. Pelo menos 26 dos 36 centros hospitalares estão agora inoperantes devido a danos, ataques ou falta de combustível.
