A China tem umas das mais ricas culinárias do planeta. A comida chinesa sólida é degustada com pauzinhos chineses (k’uai-tzu na china, hashis no Japão) e os líquidos com uma colher larga e plana (normalmente de cerâmica). O chinês considera ter uma faca na mesa muito selvagem. Sendo assim, a maioria dos pratos são preparados em pedaços pequenos, prontos para serem escolhidos e comidos. A comida chinesa é diferente da comida ocidental onde a proteína da carne é o prato principal de uma refeição. Uma fonte de carboidratos (como arroz ou talharim) é normalmente o ingrediente principal da comida chinesa. Por causa da extensa e variada natureza da China, a culinária chinesa pode ser dividida em muitos estilos regionais.
A variedade de ingredientes e modos de confecção dos pratos fazem da cozinha chinesa uma das mais ricas do mundo. Mais de 10 mil pratos, cerca de 20 cozinhas regionais diferentes. Num país imenso, com grandes diferenças climáticas e paisagísticas, no qual vivem centenas de milhões de pessoas, existe uma ampla variedade de pratos, dependentes de uma infinita gama de produtos.
A culinária chinesa nasceu com os primeiros povos que habitaram a região, há mais de 4 mil anos, e pouco perdeu de suas características. Veio mais a influenciar do que a ser influenciada. Está na origem, por exemplo, da cozinha japonesa e de muitos países do sudeste asiático, como Tailândia e Vietnã.
Os cozinheiros chineses souberam tirar proveito da inventividade e da versatilidade. Desenvolveram técnicas tão sutis de preparo e cozimento dos alimentos que transformaram sua cozinha em uma das mais refinadas do mundo. Foram milênios de dedicação que resultaram em pratos como o pato de Pequim, obra-prima da arte culinária. É próprio da cozinha chinesa manter e combinar o sabor dos ingredientes. As diferentes formas de corte também são comuns na culinária chinesa: cortar os alimentos em pequenos pedaços, por exemplo, facilita o uso dos tradicionais palitos.
A cultura do chá chinês se refere aos métodos de preparação do chá, o equipamento usado para fazer chá e as ocasiões em que o chá é consumido na China.
O chá é uma bebida popular desde os tempos antigos da China. Era considerado uma das sete necessidades diárias, sendo as outras a lenha, o arroz, o óleo, o sal, o molho de soja e o vinagre. A cultura do chá na China difere daquelas da Europa, Reino Unido ou Japão em tais coisas como métodos de preparação, métodos de degustação e nas ocasiões em que é consumido. Até os dias atuais o chá é regularmente bebido tanto em ocasiões chinesas casuais quanto formais. Além de bebida, o chá chinês é também usado em medicamentos herbários e na culinária chinesa. O chá chinês é usado principalmente em rituais de cura ou em reuniões.
Técnicas de Cozinheiro e Culinária
A China, como o Brasil, por seu gigantismo territorial e diversidade cultural – no caso da China, devido a séculos de invasões de seu território atual e o contato com vários povos tanto ao norte: hunos e mongóis, a leste: Japão, e a oeste: hindus e muçulmanos -, apresenta pelo menos quatro regiões de culinária diferente: a cozinha de Pequim ao norte, a de Szechuan no meio das montanhas, a de Cantão ao sul e a cozinha de Schanghai. Apesar das regiões apresentarem culinárias diferentes, a forma de cozimento e preparo seguem um mesmo padrão.
A fritura é abundante entre a culinária chinesa, como:
• Fritura de Legumes: utiliza-se normalmente uma caçarola ou uma frigideira redonda e funda, fritando-se os legumes cortados em tiras ou cubos pequenos, com pouco óleo. Deve-se mexer sempre porque o cozimento é muito rápido;
• Fritura Superficial: É um método de fritura mais lento do que no caso dos legumes. Se usa a caçarola ou a frigideira com mais óleo e calor moderado;
• Fritura Profunda: Este tipo de fritura é o mesmo que se usa no ocidente, para se obter alimentos crocantes, colocando-se em óleo muito quente. Muitas vezes se repete o processo duas vezes no mesmo óleo para que fiquem mais crocantes;
• Fritura em Papel: Pequenos pedaços de carne e peixe se alinham e depois se envolvem em papel celofane, formando pequenos pacotes os quais se fritam até que estejam macios. São servidos envolvidos no celofane que é aberto e descartado pelo degustador utilizando-se os palitos.
Também se usa o Cozimento no Vapor, sendo costume colocar-se “escumadeiras” de bambu umas sobre as outras, de modo que os alimentos que demoram mais para cozinhar ficam por baixo, mais perto da água fervendo. O forno é pouco usado, pois raramente as cozinhas chinesas possuem fornos (uma rara exceção é o pato assado encontrado em restaurantes mais sofisticados). Quando se querem cozinhar grandes quantidades de carne e frango usa-se molho de soja que dá um forte aroma e uma cor de café-rosado. É típico da cozinha chinesa o guisado de carne picada com legumes, cozidos por até quatro horas em panelas de barro para ficarem com consistência gelatinosa.