A partir de ontem (1/1), o grupo originalmente formado por África do Sul, Brasil, Rússia, Índia e China foi ampliado para incluir Egito, Etiópia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irã.
A decisão foi tomada na cúpula de Joanesburgo, em agosto de 2023. O “clube dos cinco” conseguiu chegar a um acordo “não apenas sobre os critérios para aceitar novos membros, mas também sobre os países a serem mantidos”, lembra a analista da RFI, Claire Bargeles.
Entretanto, em vez de seis novos participantes, agora são apenas cinco, uma vez que o novo presidente da Argentina, Javier Milei, quer reposicionar seu país ideologicamente.
A primeira grande reunião desse novo grupo com os dez integrantes do Brics está programada para outubro de 2024, na cidade russa de Kazan.
Reinventando o sistema financeiro Brics
O fortalecimento do grupo, que agora representa pouco menos da metade da população mundial e quase um terço do PIB do planeta, deve permitir que ele continue a exigir um mundo multipolar e uma ordem internacional mais justa.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial ainda dependem muito do dólar. E a China, por exemplo, a segunda maior economia do mundo, não tem um direito de voto equivalente ao seu peso.
Para reduzir sua dependência dos Estados Unidos e das instituições financeiras internacionais, os Brics+ estão, portanto, buscando “desdolarizar” suas economias. Esse é particularmente o caso de países como a Rússia e o Irã, , que estão sob fortes sanções dos EUA.