A Atriz internacional Lali Gonzalez conversou com o Brasilia in Foco, confira a entrevista:

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A bela e simpática atriz de origem paraguaia conversou com a Jornalista Fabiana Ceyhan na sede da Embaixada do Paraguai em Brasília,e nos contou sobre a sua impressão de Brasília, sobre a importância que o Brasil dá a cultura e sobre a sua trajetória pessoal:

 

1-Conte nos sobre a sua vida pessoal e sua trajétória até chegar no cinema:

(Lali Gonzales) : Meu nome é Graciela Belen Gonzalez Mendonça, tenho 30 anos e venho de uma família que sempre me apoiou, mas acreditava que eu não deveria me dedicar somente a vida artística, meus pais acreditavam que eu deveria ter uma profissão formal, sendo assim me formei em direito, sou advogada e exerci a profissão trabalhando na corte paraguaia, aos 19 anos também comecei a minha vida artística e  hoje me dedico somente á atuação. Ser advogada me ajuda no fechamento e na elaboração de contratos sobre o meu trabalho artístico.

2-onde você vive hoje e em quais países você esteve:

Eu moro em Assunção mas já estive em vários países devido ao sucesso do filme 7 caixas que teve uma grande projeção nacional e internacional em cerca de 25 países, entre eles Estados Unidos, Argentina, Panamá,Peru, Costa Rica,Espanha, Cuba,Colômbia e finalmente Honduras onde foi gravado o Filme que estreia hoje no Brasil” Em algum lugar no Caribe”, já estive várias vezes no Brasil inclusive na Mostra de Cinema em São Paulo e no Rio de Janeiro.

3-Você , como pessoa famosa em seu país , faz algum trabalho voluntário usando a sua imagem?

Sim, eu sou Embaixadora de Aldeas SOS para crianças, marco presença em eventos em Comerciais de TV, Internet e difusão de comunicação massiva para ajudar nos projetos que envolvem estas crianças.

4-Qual foi a sua Impressão da Cidade de Brasília:

Brasília me parece uma cidade muito organizada e calma e com muito apoio a eventos culturais, O Brasil tem um bom incentivo á cultura, me sinto feliz por estar aqui e poder fazer a estreia aqui em Brasília, pois sei que o teatro e a atuação exigem muita seriedade mas sei que cada coisa tem seu tempo, ser ator é muitas vezes dar um salto de fé ao vazio, mas eu estou colhendo os frutos do meu trabalho a cada dia e só tenho a agradecer a todos os que me assistem e me recebem.

5- Qual foi a sua impressão sobre Honduras:

Honduras é um país muito bonito, eu fiquei lá um mês para a gravação do filme, meus pais  e meu marido também  foram me visitar durante as gravações e também gostaram muito,  algumas vezes durante a gravação do filme eu olhava para aquela paisagem maravilhosa e pensava “Meus Deus! que perfeição, que coisa magnífica”. O Interessante também no filme é que eu contracenei com atores que falam espanhol de países diferentes, entre eles o “Paolo” que é argentino.

 

¨6-Quais são os seus planos para o próximo projeto:

Eu sou apresentadora na TV paraguaia, a RPC TV no canal 13 , é um programa para famílias e é bem diversificado, falamos sobre culinária, moda etc ..mas todo artista sempre se pergunta “Qual será a próxima atuação?

 

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Por favor sinta-se livre para fazer as suas considerações :

Agradeço o convite, para mim é um prazer poder compartilhar esta entrevista com você, onde todos temos algo em comum, seja o amor ao cinema, o teatro de atuação.

Eu acredito que o intercâmbio cultural é necessário e ainda mais para os países fraternos que têm histórias que nos unem. Hoje, as mulheres estão fazendo um grande impacto contando histórias e é por isso que também estou muito feliz que uma excelente trabalhadora do mundo do cinema tenha me convidado.

Eu me formei em uma Escola de Teatro, eu sou atriz e advogada. Há 10 anos, comecei a atuar nesta carreira e, há 5 anos, minha carreira se concentra muito mais no cinema, nunca deixei o teatro, mas hoje estou mais focada no cinema.

Graças a 7 caixas, meu trabalho teve um alcance internacional e tive a oportunidade de trabalhar muito em Cinema na Argentina, Colômbia e Honduras.

Sempre me chamou a atenção o quão difícil é entrar no mercado brasileiro e não apenas para atores, mas para co-produções, por isso acredito muito na abertura cultural e no intercâmbio.

O Paraguai é um setor cinematográfico jovem, tivemos cineastas de diferentes países que fizeram filmes ou curtos, o primeiro filme paraguaio chamado Cerro Cora em 1978 é inteiramente paraguaio, com mais de 30 filmes sem contar os curtos e documentários.

Até hoje, não temos Lei de Filme ou Ator, mas isso nunca foi uma desculpa para aqueles que acreditamos em nosso cinema. Hoje, nossas histórias são reconhecidas graças aos documentários e filmes no mundo que recorrem diferentes festivais internacionais e retornam com prêmios e reconhecimentos.

Entre elas:

Rede paraguaia (Hamaca Paraguaya)

7 caixas (7 Cajas)

Faca de Pau (Cuchillo de Palo)

Considero que apaixonados como nós não podemos deixar-nos dividir por fronteiras, porque a arte pode abolir qualquer tipo de fronteiras.

Venho de um país sem lei de cinema, de atores e não é por isso que vou parar de acreditar nas histórias do meu país.

Hoje, o cinema é uma das melhores bandeiras que representam o Paraguai

Eu acho que o Paraguai pode contar não só suas histórias, mas também as que tem com os países vizinhos.

Antes a guerra nos dividia e hoje o cinema pode nos unir.(Lali Gonzalez)