Dez anos após o início do conflito entre Geórgia, Rússia e a região da Ossétia do Sul, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou em agosto que é necessário “maior comprometimento” por parte dos “atores relevantes” para avançar no processo de reconciliação e paz ainda em andamento.
Dez anos após o início do conflito entre Geórgia, Rússia e a região da Ossétia do Sul, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou em de agosto que é necessário “maior comprometimento” por parte dos “atores relevantes” para avançar no processo de reconciliação e paz ainda em andamento.
“O secretário-geral lembra que [o confronto] é um lembrete da necessidade de resolver este e outros conflitos prolongados na Europa”, afirmou um comunicado divulgado por seu porta-voz. “Isso requer um aumento no comprometimento por parte dos atores relevantes, apoiado em forte desejo político e revigoramento do processo de mediação”.
O conflito teve início em agosto de 2008 entre forças da Rússia e da Geórgia em uma disputa pelo enclave majoritariamente pró-Rússia da Ossétia do Sul e da região separatista da Abecásia.
No mesmo ano, negociações internacionais tiveram início com o objetivo de resolver a crise, em diálogos conhecidos como discussões internacionais de Genebra (GID). Em 2009, o Mecanismo de Prevenção e Resposta a Incidentes (MPRI) passou a transcender as GID, garantindo um fórum para discussão entre diversas regiões e governos.
As GID são co-presididas pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), a União Europeia e a ONU, com o objetivo de unir países e regiões, incluindo os Estados Unidos.
“O secretário-geral da ONU pede que todos os participantes das discussões internacionais de Genebra adotem uma postura construtiva, voltada para o futuro, que permitirá esse mecanismo indispensável cumprir seu mandato”, disse o comunicado.
“Todos os envolvidos devem priorizar o progresso através de diálogos apropriados, com a recusa de políticas divisórias e ações unilaterais que podem impactar de maneira adversa a paz e a segurança”, continuou o chefe da ONU.
Guterres lembrou que enquanto as GID e o MPRI têm “substancialmente contribuído para fortalecer a estabilidade nos anos recentes, mais deve ser feito em relação aos assuntos-chave de segurança e problemas humanitários, incluindo aqueles relativos a difícil situação de muitos deslocados internos e refugiados”.
Ele afirmou que a ONU deve “continuar a apoiar integralmente esse importante mecanismo e o trabalho da União Europeia e da OSCE para atingir o progresso em todos os temas”.
Site: ONU Brasil