Após uma das eleições mais controversas já presenciadas em solo francês e acompanhada de forma apreensiva pelo mundo e principalmente pela União Europeia, que vive atualmente um dos momentos mais tensos de sua história desde de sua criação, o povo francês escolhe hoje para ser o novo líder da segunda maior economia da UE (Sem o Reino Unido), Emmanuel Macron. Uma eleição marcada pela humilhação dos partidos tradicionais nas urnas e reviravoltas como a ascensão do Frente Nacional. Emmanuel Macron, 39 anos, entra para a história não só como o presidente mais novo da França, mas também como o primeiro candidato eleito fora dos dois principais partidos políticos do país (Socialista e Republicano). Visto como um outsider ( indivíduo que não pertence à um determinado grupo), Macron nunca concorreu a nenhum cargo público durante a sua carreira, abandonando o governo de seu antecessor Fraçois Hollande para fundar o seu próprio partido, o En Marche! (Em Marcha). Questionado diversas vezes sobre a posição do partido, Macron afirmou “ Nem de direita, nem de esquerda”. Macron e seu novo governo terão pouco tempo para se recuperarem desta que foi uma das mais fatídicas campanhas eleitorais francesas, repletas de autos e baixos. Assim como foi em seus últimos minutos, quando hackers divulgaram documentos de sua campanha misturados com documentos falsos na tentativa de influenciar o resultado do domingo. Herda de seu antecessor uma França não tão otimista como outrora. O pais se encontra dividido, envolto em um alto índice de desemprego (principalmente entre os mais jovens), estagnação econômica e crescimento baixo. Terá que lidar com o terrorismo e buscar forças para desmantelar o ISIS ( Estado Islâmico) juntamente com países parceiros da França. Além de lidar com a crise imigratória que atinge a Europa, crise esta nunca antes vista desde de a segunda guerra mundial (1939 a 1945) Com um tom pró-Europa, a vitória de Macron e vista pela maioria esmagadora dos líderes da UE como um respiro de alívio em tempos de Europa também dividida e a esperança do fortalecimento do bloco após a saída do Reino Unido. Alivio para muitos, decepção para outros. Esperança de uma nova França ou uma continuidade do que já conhecemos da velha e “boa” política!
Texto : Rafael Eduardo ,membro do Rotary International.Exclusivo para o Brasiliainfoco.com