Cinco companhias brasileiras de dispositivos médicos participaram de missão ao Egito neste mês e voltaram com a expectativa de US$ 825 mil em contratos.
Brazilian Health Devices
Da Redação
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São Paulo – Empresas brasileiras de dispositivos médicos que participaram de missão ao Egito voltaram para o Brasil com expectativa de geração US$ 825 mil em negócios nos próximos 12 meses. Cinco companhias de produtos voltados aos setores médico-hospitalar e de odontologia participaram, entre 16 e 19 de outubro, de viagem comercial ao país árabe promovida pelo Brazilian Health Devices, projeto setorial da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).
A ação teve como objetivo promover as exportações brasileiras e explorar melhor as oportunidades do mercado egípcio. Em quatro dias de agenda foram realizadas 64 reuniões de negócios entre as fabricantes brasileiras e distribuidores e importadores locais. “Essas reuniões foram tão proveitosas que alguns representantes estenderam sua permanência no Cairo para realizar visitas a hospitais locais, demonstrando produtos e aprofundando a relação comercial com as empresas egípcias”, disse José Fernando Dantas, analista de acesso a mercados da Abimo, em material divulgado.
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A missão contou ainda com a parceria da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, que viabilizou reuniões e visitas. A delegação teve encontros com autoridades governamentais e de apoio empresarial. Fez parte da agenda, na manhã do dia 16, um seminário sobre o mercado egípcio, em que representantes da Embaixada do Brasil no Cairo, da Câmara Árabe, da Egyptian Drug Authority (EDA) e do Egyptian Export Council for Medical Industries falaram sobre o histórico da relação comercial entre os países, importação, registro e venda interna de dispositivos médicos no Egito.
Os participantes também visitaram as sedes da General Authority for Investment and Free Zones (GAFI) e da EDA, onde puderam sanar dúvidas sobre o processo de registro de dispositivos médicos no país e compreender quais são os benefícios e as possibilidades de investimento disponíveis no Egito para empresas estrangeiras. A comitiva visitou a Zona Econômica do Canal de Suez para conhecer os incentivos governamentais para fabricação nas zonas econômicas e as instalações industriais da região, como a fábrica da empresa ATECO, primeira do ramo de saúde instalada na área.
Empresas participantes da missão fizeram uma avaliação positiva da iniciativa. “É importante participarmos dessas missões, pois a gente passa a conhecer melhor o mercado, tanto a parte regulatória quanto a prospecção de clientes. Assim, temos real noção de como funciona aquele país, o que agrega muito valor para a empresa e nos dá condições para melhores negócios no futuro”, disse Eduardo Scarchetti, da Biodinâmica, em divulgação feita pelo projeto.
“A ação foi de grande valia e nos colocou diante de grandes fontes de informação para podermos planejar ações futuras de empresa”, disse Cristina Wolowski, que representou a empresa DFL. Na visão de Bernardo Brasil, ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil no Cairo, essa aproximação rompe paradigmas. “Uma barreira que percebemos é que o setor privado brasileiro muitas vezes já tem mercado de proporções continentais no Brasil e na América Latina e vê, no Egito, um país muito distante, hesitando na hora de investir. É essa barreira que tentamos superar”, finaliza.
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