A ministra discursou na sessão plenária de alto nível do World Cotton Day, na OMC, no início deste mês
Em evento na Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) destacou que a entidade “segue como o mais importante fórum para que se alcancem soluções equitativas e para que se construa uma economia global saudável no século XXI”.
Como exemplo, Tereza Cristina citou os resultados da 10ª Conferência Ministerial, realizada em 2015 em Nairóbi, quando os países-membros concordaram em eliminar os subsídios à exportação de produtos agrícolas. “A decisão foi um marco para o comércio internacional e reafirmou o papel central da OMC na governança do comércio internacional”, disse.
No entanto, ministra defende que é preciso buscar novos resultados. “A reforma da OMC reveste-se de grande prioridade. As disciplinas da organização devem ser fortalecidas, de forma a contemplar questões essenciais para a busca de um mercado aberto, justo e transparente”.
Ministra participa do World Cotton Day, na sede da OMC, em Genebra – Divulgação/Mapa
Dia Mundial do Algodão
Pela manhã, Tereza Cristina participou da sessão plenária do World Cotton Day (Dia Mundial do Algodão), na sede da OMC, e destacou a importância da cultura do algodão para a economia e o desenvolvimento social no Brasil.
“O PIB da cadeia produtiva do algodão do Brasil é de cerca de US$ 74,11 bilhões, considerando as vendas de produtos de confecção. A cadeia gera emprego e renda para 1,2 milhão de trabalhadores”, disse
A ministra ressaltou que o “bom funcionamento do comércio internacional, sem distorções, é fundamental para o desenvolvimento de setores produtivos agrícolas, como o do algodão. Por essa razão, o Brasil tem sido um membro ativo na OMC, sempre buscando fortalecer o papel conciliador da organização, pautado por isenção e equidade”.
Ela reafirmou o comprometimento do setor produtivo brasileiro com a sustentabilidade ambiental, lembrando que o Brasil é líder mundial na certificação socioambiental de algodão, com mais de 80% da produção certificada.
A ministra lembrou que, em 20 anos, a produção nacional de algodão cresceu 226% e, na safra 2017/18, o Brasil colheu 2,2 milhões de toneladas de pluma, 11% da produção mundial.
O país é o terceiro maior exportador de algodão, com participação de 10% das exportações mundiais, totalizadas no último ano em US$ 15 bilhões. “Confirmadas as projeções de crescimento de 20,5% na próxima década, o Brasil deverá expandir sua fatia para 15% do mercado exportador”, disse a ministra.