De 15 a 18 de agosto, o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira dos Estados Unidos (TFI), Brian E. Nelson, visitou Brasília e São Paulo para discutir a cooperação no combate ao financiamento ilícito, particularmente ao tráfico de drogas, financiamento do terrorismo, os desafios e as oportunidades que representam os ativos virtuais e crimes contra o meio ambiente. Essa foi a primeira visita do subsecretário Nelson para o Brasil.
Em Brasília, o subsecretário Nelson reuniu-se com o secretário executivo do Ministério da Justiça, Antonio Lorenzo, e com os diretores da Polícia Federal de Inteligência e Crime Organizado para discutir abordagens bilaterais sobre questões financeiras ilícitas. Além disso, eles discutiram a resposta global à guerra não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia e os esforços para mitigar seus efeitos colaterais, inclusive por meio de um limite de preço para o petróleo russo, a fim de diminuir os preços globais da energia e restringir a receita de Putin.
Nelson também realizou reuniões com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com o secretário de Relações Exteriores para as Américas do Itamaraty, embaixador Michel Arslanian.
Em São Paulo, o subsecretário reuniu-se com o diretor da Polícia Federal, Caio Pellim, responsável pelo setor de investigação e combate à corrupção e com o diretor de Inteligência e Combate ao Terrorismo, Alessandro Morett. Durante as reuniões, eles discutiram as prioridades de combate à lavagem de dinheiro e financiamento do contraterrorismo, bem como o cumprimento das sanções, incluindo as Licenças Gerais do Tesouro para commodities agrícolas e fertilizantes.
Ele também reuniu-se com representantes responsáveis pelo combate os crimes contra a natureza, incluindo as ligações entre o crime organizado e os perpetradores de crimes ambientais, como extração ilegal de minerais, madeira e outros. Outras reuniões incluíram a FEBRABAN, para explorar um engajamento adicional com o setor privado, e com o Ministério Público, para discutir a cooperação relacionada ao combate às atividades criminosas do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em 2021, o Departamento do Tesouro dos EUA sancionou a organização criminosa transnacional PCC, sob a Ordem Executiva Global do Comércio Ilícito de Drogas da administração Biden, e continua a trabalhar em estreita colaboração com parceiros na região para visar o ecossistema do crime organizado.