Em um movimento que poderia sinalizar uma nova etapa das relações bilaterais, a Rússia fez um apelo ao ex-presidente Donald Trump para que reabra o espaço aéreo dos Estados Unidos para aviões russos e permita a retomada de voos diretos entre os dois países.
Desde março de 2022, os aviões russos têm sido impedidos de acessar o espaço aéreo norte-americano, após o presidente Joe Biden impor a proibição em resposta à invasão da Ucrânia, acompanhando aliados da OTAN como Reino Unido, União Europeia e Canadá.
A solicitação russa foi feita poucas horas antes de uma tensa reunião entre o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy e Trump, que culminou em um episódio conturbado no Salão Oval, resultando na expulsão de Zelenskyy da Casa Branca.
O contexto da reunião ressalta as complexidades envolvidas nas relações internacionais atuais, onde cada movimento tem repercussões significativas.
A Rússia, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, enfatizou a importância de criar condições que favoreçam a melhoria das relações entre os dois países. Em nota oficial, um porta-voz destacou que seria benéfico que os EUA reconsiderassem a restauração do serviço aéreo direto.
“A necessidade de resultados tangíveis para fomentar condições favoráveis ao aprimoramento das relações bilaterais, em interesse de ambas as nações, foi enfatizada”, afirmou.
Os voos diretos entre os EUA e a Rússia foram interrompidos após a emersão das sanções, e a proibição do espaço aéreo deve continuar enquanto tropas russas permanecerem no território ucraniano. Com a administração Trump demonstrando interesse em reconstruir laços diplomáticos, há a possibilidade de que este status quo seja alterado rapidamente.
Vale lembrar que essa proibição não afetou significativamente as companhias aéreas americanas, sendo a United Airlines a única a utilizar o espaço aéreo russo em voos para a Índia. Ao continuar a operar nesse espaço antes de ser banida, a companhia enfrentou críticas, pois muitos argumentavam que isso ajudava a financiar a guerra de Putin.
Além da reabertura do espaço aéreo, Trump poderia também facilitar o fornecimento de peças sobressalentes de aeronaves para a Rússia, algo que a Aeroflot, a principal companhia aérea russa, tem lutado para manter desde a imposição das sanções.
Apesar das restrições, relatos indicam que a Aeroflot e outras companhias aéreas russas têm conseguido obter algumas peças através de canais alternativos, um processo tecnicamente ilegal, mas difícil de ser controlado.
Fonte: Aeroin