O Alto Representante da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, Miguel Moratinos, e o Conselheiro Especial da ONU para Prevenção do Genocídio, Adama Dieng, expressaram grande preocupação com o aumento do estigma, do discurso de ódio e de crimes de ódio contra pessoas e grupos erroneamente difamados e percebidos por estarem associados com o novo coronavírus em todo o mundo.
Em comunicado conjunto, eles lembraram que embora a pandemia seja uma ameaça global para a paz e a segurança, ela também é uma oportunidade para demonstrar união.
“Derrotar a pandemia implica em efetiva cooperação internacional, implementando uma abordagem que envolva toda a sociedade, que inclua todos os governos nacionais, sociedade civil, mídia, empresas privadas, líderes religiosos, jovens e mulheres”, afirmaram os representantes.
Representantes da ONU pedem solidariedade social para enfrentar o novo corovanírus – Foto: Gerald Altmann/Pixabay
O Alto Representante da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, Miguel Moratinos, e o Conselheiro Especial da ONU para Prevenção do Genocídio, Adama Dieng, expressaram grande preocupação com o aumento do estigma, do discurso de ódio e de crimes de ódio contra pessoas e grupos erroneamente difamados e percebidos por estarem associados com o novo coronavírus em todo o mundo.
“Estamos todos enfrentando o mesmo inimigo, que é invisível, avança rapidamente, tira vidas e provoca o caos indiscriminadamente. Mas permitir romper o tecido das nossas sociedades é talvez o mais sério transtorno que a pandemia da COVID-19 está infligindo ao mundo”, afirmaram ambos.
Em comunicado conjunto, eles lembraram que embora a pandemia seja uma ameaça global para a paz e a segurança, ela também é uma oportunidade para demonstrar união. “Como a pandemia afeta a todos, devemos lembrar nossa humanidade comum, e que nossas vidas estão interconectadas, nossa sobrevivência depende de apoio recíproco”, afirmaram.
Neste tempo de distanciamento social, ambos pediram solidariedade social e construção de pontes de bondade e compaixão para transpor as paredes erguidas pelo homem. “Devemos também pedir proteção aos mais vulneráveis, incluindo idosos, que estão enfrentando a parte mais pesada da pandemia”, lembraram.
Para Miguel e Adama, é “imperativo enfrentar o estigma, o discurso de ódio, a xenofobia, o racismo e todas as formas de discriminação que são uma afronta aos valores e direitos humanos universais”. “Derrotar a pandemia implica em efetiva cooperação internacional, implementando uma abordagem que envolva toda a sociedade, que inclua todos os governos nacionais, sociedade civil, mídia, empresas privadas, líderes religiosos, jovens e mulheres”, afirmaram os representantes.
Miguel Moratinos e Adama Dieng elogiaram o Plano de Resposta Humanitária Global COVID-19 lançado pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para garantir que ninguém seja deixado para trás na luta contra a pandemia. Eles também cumprimentaram a liderança demonstrada por alguns governos em promover mensagens de solidariedade e unidade global e em adotar medidas para conter o avanço do novo coronavírus.
Miguel Moratinos reforçou que a Aliança das Civilizações das Nações Unidas continua a trabalhar para implementar o lema de “Muitas culturas, uma humanidade” ao promover o diálogo intercultural e inter-religioso, construindo pontes de compreensão e contendo a polarização e a estereotipação.
Adama Dieng enfatizou que seu escritório incrementou os esforços para implementar globalmente e nacionalmente a estratégia da ONU e o Plano de Ação sobre Discurso do Ódio para conter o discurso de ódio e a estigmatização e discriminação.
“Se quisermos sociedades inclusivas, coesas e pacíficas, esta é a hora de incentivar a aliança entre culturas, civilizações e pessoas. Não há tempo a perder”, afirmaram.
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Site ONU Brasil