Geoparques brasileiros se reúnem no Salão do Turismo para apresentar as riquezas desses territórios

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O Brasil possui seis áreas reconhecidas que contribuem para o conhecimento científico e a valorização do patrimônio natural do país

Os seis geoparques brasileiros estão reunidos, pela primeira vez, em um evento de promoção turística. Dentro do Salão do Turismo, esses territórios de importância geológica, reconhecidos pela UNESCO, ajudam na preservação ambiental, educação e desenvolvimento sustentável das comunidades locais. No espaço, o público pode conhecer melhor os atrativos turísticos oferecidos pelos sítios e toda a variedade dos chamados geoprodutos, que compõem a experiência do visitante.

O Brasil possui o reconhecimento de importantes áreas históricas que contribuem para o conhecimento científico e a valorização do patrimônio natural do país. Uberaba (MG), Araripe (entre CE, PE e PI), Seridó (RN), Caminhos dos Cânions do Sul (SC e RS), Caçapava do Sul (RS) e Quarta Colônia (RS) ostentam esse título. No mundo, são 213 geoparques em 48 países.

“Esta é a primeira vez que estamos com este espaço, com o apoio do Ministério do Turismo. Os Geoparques Mundiais da UNESCO no Brasil estão unidos para mostrar a relevância do nosso patrimônio geológico e as riquezas de cada um desses territórios, em diferentes regiões do Brasil”, comemorou Priscila Gamba, coordenadora de comunicação do Geoparque Mundial da UNESCO Caminhos dos Cânions do Sul.

O Geoparque Araripe, no Ceará, foi o primeiro da América Latina. O mais recente a receber a certificação foi o de Uberaba, em Minas Gerais. O reconhecimento é concedido levando em conta a relevância internacional, com base em um conceito de proteção, educação e desenvolvimento sustentável.

Os geoparques têm um papel fundamental na conservação do patrimônio geológico. Por meio da criação desses territórios, é possível proteger áreas de relevante interesse científico e paisagístico, promovendo a pesquisa e o monitoramento contínuo. Além disso, eles servem como ferramentas de conscientização ambiental, sensibilizando a população local e os visitantes sobre a importância da geodiversidade e dos processos naturais que moldaram as paisagens ao longo de milhões de anos.

A promoção do turismo geológico também impulsiona a economia local, gerando emprego e renda para a população. Hotéis, restaurantes, artesanatos e guias de turismo se beneficiam do fluxo de visitantes, que cresce à medida que a fama dos geoparques se espalha. Esse modelo de desenvolvimento econômico valoriza os recursos naturais e culturais de forma responsável, garantindo que as futuras gerações possam usufruir desses patrimônios.

NÚCLEO DO CONHECIMENTO – Além de conhecer as rotas e atrativos dos geoparques nacionais, quem passou pelo primeiro dia do Salão teve a oportunidade de entender melhor o trabalho realizado por quem atua diariamente nesses sítios geológicos. O painel “Os caminhos para o desenvolvimento sustentável do Turismo: Conhecendo Geoparques” debateu a importância da expansão dessa rede, consolidando o país como uma referência global em conservação e desenvolvimento sustentável.

“Esse espaço é uma atitude muito proveitosa para nós dos geoparques, a partir dessa aproximação com o Ministério do Turismo, pois fortalece o diálogo que é vital para que possamos trabalhar em rede com as diferentes esferas governamentais do nosso país”, destacou o diretor executivo do Quarta Colônia Geoparque Mundial da Unesco, localizado na região central do Rio Grande do Sul, Victor Maffini.

PARCEIROS – O 8º Salão do Turismo: Conheça o Brasil é realizado pelo Ministério do Turismo e outros órgãos do governo federal, em parceria com o Sistema Fecomércio do Rio de Janeiro, Sebrae, Sesc, Senac, a Secretaria de Turismo do Estado e a prefeitura da cidade. Estarão presentes também importantes entidades do setor, como a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), a Associação Brasileira de Agências de Viagem (ABAV) e a Associação Brasileira de Operadoras de Turismo (BRAZTOA).

Fonte: Ministério do Turismo