Confraternizações, organização de férias, reuniões de planejamento, encerramento de semestre letivo. Fim do ano é sinônimo de programação intensa. O período parece não ser suficiente para tanta demanda.
Para algumas pessoas, as consequências podem ir além do cansaço físico e podem até causar prejuízos psíquicos e emocionais. O clima de felicidade coletiva que paira no ar pode, inesperadamente, ser acompanhado por uma sensação de ansiedade e frustração.
A psicóloga da Secretaria de Saúde (SES-DF) Alanna Forrest atua em rodas de terapia comunitária no Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis) Sul, que atende as regiões do Gama e de Santa Maria. Segundo Forrest, nesse período sempre há aumento no número de acolhimentos a pacientes com demandas em saúde mental.
A especialista aponta que a unidade de saúde tem recebido muitos pacientes com queixas de alteração do sono, de aumento dos níveis de ansiedade e de crises de depressão, além de pessoas que estão de luto. “Nessa época, voltam à memória as perdas que a pessoa teve durante o ano, de pessoas queridas com quem ela não pode celebrar agora,” comenta.
Não é mesmo coincidência tantos atendimentos relacionados ao tema nesse período, de acordo com a psicóloga da Gerência de Serviços de Psicologia (GPSI) da SES-DF, Mirna Dutra. Ela afirma que dezembro é um mês de fragilidade emocional para muitas pessoas. “Nós já sabemos que o último mês do ano ocasiona processos ansiosos e depressivos, mesmo que de forma transitória”, explica.
As informações são da Agência Brasília.