Embaixador Sergey Lukashevich comemora o “Dia da vitória”em almoço com jornalistas

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O Dia da Vitória ( 9 de maio) é um feriado sagrado para os bielorrussos, uma homenagem de memória, profundo respeito e gratidão aos soldados soviéticos, e todos que colaboraram para vitória coletiva sobre o fascismo, incluindo a participação do Brasil. A guerra na época, durou 1418 dias e noites e começou em solo bielorrusso em 22 de  junho de 1941.

A Embaixada da Republica de Belarus organizou uma exposição de fotos dedicada ao Dia da Vitória e recebeu para um almoco, jornalistas, e em seu discurso, o embaixador deixou claro algumas posições quanto as sanções impostas a seu país e a importância dos fertilizantes para o Brasil e para o mundo.

“O que está acontecendo no mundo agora é bem conhecido por todos. Estamos vendo processos em que alguns políticos estão destruindo as economias de vários países. Ao fazer isso, diferentes mecanismos são utilizados para diferentes países. Vivemos numa época em que os ricos se tornam ainda mais ricos, enquanto os problemas de outros países são de pouca preocupação para  os países ricos.

Estamos testemunhado uma pressão política e econômica sem precedentes dos países ocidentais sobre Belarus, que estão tentando arrastar nosso país para o conflito ucraniano por qualquer meio. Infelizmente, o resultado desta pressão sobre Belarus são problemas com o fornecimento de fertilizantes de potássio bielorussos ao mercado brasileiro devido à impossibilidade de utilizar o porto lituano de Klaipeda.

A  importância  dos  fertilizantes  potássicos  bielorussos  para  o  Brasil   é melhor ilustrada pelos números: em janeiro-março de 2022, Belarus forneceu ao Brasil US$ 170 milhões em fertilizantes a um preço médio de US$ 278 por tonelada. Em comparação, o potássio canadense é 60,5% mais caro e o russo – 59%. Estamos trabalhando com nossos parceiros brasileiros para construir novas oportunidades de retomar o fornecimento de nosso potássio” Concluiu Lukashevich em seu discurso para os jornalistas.

Segue na íntegra outros temas abordados no discurso do embaixador:

O desenvolvimento socioeconômico da República de Belarus

Belarus continua a se desenvolver. No final de 2021, o produto interno bruto de Belarus cresceu 2,3%.A produção  industrial  aumentou  em  6,5%.  Em  2021,  a  exportação  de  mercadorias aumentou em  36,7%. O saldo do comércio exterior de bens     e serviços foi positivo em US$ 3,8 bilhões.A taxa real de desemprego em 2021 é de 3,9%.Em 2021, o investimento estrangeiro direto de US$ 1,3 bilhão foi atraído.

Sobre os resultados da cooperação da República de Belarus e o Brasil no primeiro trimestre de 2022

O Brasil é o principal parceiro comercial de Belarus na América Latina    e é um dos 10 principais parceiros de nosso país no mundo. Os dois países estabeleceram relações diplomáticas há 30 anos, em 10 de fevereiro de 1992. Desde então, uma enorme quantidade de trabalho tem sido feita para estabelecer os laços tanto diplomáticos como econômicos.

Em janeiro-março de 2022, o  faturamento  comercial  entre  os  países  foi de US$ 181,7 milhões (uma taxa de crescimento de 95,3%), as exportações – US$ 179,0 milhões (167,2%), as importações – US$ 2,7 milhões (3,2%).

Fertilizantes potássicos, inseticidas e herbicidas tradicionalmente constituía a maior parte das exportações bielorrussas, em outras palavras: tudo  o que ajuda o Brasil a alimentar não apenas toda a América Latina, mas todoo mundo. Belarus forneceu café, frutas, açúcar e outros alimentos do Brasil.

Sobre o potássio

Como informação pública, a forma da situação atual do potássio é a seguinte: existem os “três grandes” produtores de potássio no mundo – Belarus, Rússia  e Canadá. Esses três países respondem por  80% do mercado de potássio no Brasil.

Um pacote inteiro de sanções contra a Rússia e Belarus é imposto, por diferentes razões e em diferentes momentos. A questão importante é: quem     se torna o único jogador que aumentará os preços e quem será enfileirado pelos ministros da agricultura de diferentes países?

Infelizmente, os políticos que impõem sanções não pensam  nada  sobre as pessoas comuns em países como Brasil, China e Índia. A segurança alimentar de toda a humanidade está agora em risco, razão pela qual é necessário fazer  um esforço conjunto da Embaixada,  do  Ministério  das  Relações  Exteriores do Brasil, do Planalto e a Frente Parlamentar da Agricultura.

E estas não são meras palavras pomposas,  há  apenas um  mês o  chefe  da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Qu Dongyu, previu uma crise alimentar para o mundo. E o Secretário Geral da ONU, António Guterres, em discurso ao Conselho de Segurança da ONU, pediu que os fertilizantes de Belarus e da Rússia retornassem aos mercados mundiais como uma solução eficaz para o “problema da segurança alimentar global”.