A Embaixada da República do Cazaquistão no Brasil promoveu, nesta segunda-feira, uma solene e tocante cerimônia em memória aos 80 anos da vitória na Grande Guerra Patriótica episódio que marcou o desfecho da Segunda Guerra Mundial no front oriental e o triunfo dos povos soviéticos sobre o nazismo.

Com o tema “Memória da Vitória: unidade entre gerações e povos”, o evento foi realizado na sede diplomática cazaque, reunindo representantes do Itamaraty, diplomatas sul-americanos, membros do Fórum de Amizade “Cazaquistão-Brasil” e jornalistas brasileiros. A programação teve início com um minuto de silêncio, reverenciando as milhões de vidas perdidas durante o conflito.

Em seu discurso, o embaixador do Cazaquistão, Bolat Nussupov, destacou a importância da preservação da memória histórica e da valorização do sacrifício humano em defesa da liberdade e da paz. Ele ressaltou ainda o papel decisivo desempenhado por soldados e oficiais de origem cazaque nas fileiras do Exército Vermelho, homenageando heróis cuja bravura ultrapassou fronteiras e tempos.

“A memória da bravura da geração da vitória veteranos de guerra e trabalhadores da retaguarda permanece viva até hoje em cada lar cazaque. Lembrar é honrar. Essas palavras carregam um significado profundo”, acrescentou o embaixador Nussupov, citando um provérbio que ressoa com a alma do seu povo.

A exposição fotográfica apresentou rostos e histórias de figuras emblemáticas da resistência cazaque, como o lendário comandante Baurzhan Momyshuly, o destemido piloto Talgat Begeldinov, o sargento Rakhimzhan Koshkarbaev, que hasteou a bandeira sobre o Reichstag, a jovem atiradora de elite Aliya Moldagulova, e o guerrilheiro Kassim Kaysenov, entre outros homenageados.

Um vídeo documental exibido durante a cerimônia aprofundou o contexto histórico da participação dos cazaques tanto nos campos de batalha quanto na retaguarda, revelando a força coletiva de um povo que soube unir coragem, solidariedade e esperança mesmo diante da barbárie.

O evento foi encerrado com um coquetel que ofereceu aos presentes uma amostra da rica tradição gastronômica do Cazaquistão, reforçando os laços de amizade e intercâmbio cultural entre Brasília e Astana.

A celebração foi, acima de tudo, um tributo à memória, à resistência e à união entre os povos, como valores eternizados pela vitória de 1945 e ainda tão necessários em tempos atuais.