Em seminário Internacional em Brasília ONU defende mais investimentos na prevenção de infecções hospitalares

0
37

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) defendeu na segunda-feira (7) mais investimentos em segurança do paciente, ainda vulneráveis a infecções que ocorrem durante o atendimento. Agência participou de seminário internacional sobre o tema em Brasília. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% dos pacientes internados são acometidos por infecções relacionadas à assistência médica. Metade dos casos pode ser evitada com medidas como higiene das mãos e vigilância adequada.

Prevenção de infecções em situações de assistência à saúde foi tema de apela da OPAS. Foto: PEXELS

Prevenção de infecções em situações de assistência à saúde foi tema de apela da OPAS. Foto: PEXELS

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) defendeu na segunda-feira (7) mais investimentos em segurança do paciente, ainda vulneráveis a infecções que ocorrem durante o atendimento. Agência participou de seminário internacional sobre o tema em Brasília. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 10% dos pacientes internados são acometidos por infecções relacionadas à assistência médica. Metade dos casos pode ser evitada com medidas como higiene das mãos e vigilância adequada.

“A adoção dessas ações representa uma ótima relação custo-benefício. Com elas, reduzimos danos, salvamos vidas e temos mais recursos disponíveis para melhorar a saúde da população”, afirmou o coordenador da Unidade de Medicamentos e Tecnologia em Saúde da OPAS no Brasil, Tomás Pippo, durante a abertura do “V Seminário Internacional: redução do risco para a segurança do paciente e qualidade em serviço de saúde”.

Os estudos reunidos pela OMS estimam que 7 bilhões de euros deixariam de ser gastos na Europa e 6,5 bilhões nos Estados Unidos, caso fosse implementadas iniciativas de controle das infecções associadas à assistência de saúde.

Durante o evento, Claire Kilpatrick, consultora e oficial técnica da área de prevenção e controle de infecções da OMS, apresentou os materiais, treinamentos, prioridades e recomendações do organismo internacional para ajudar a reduzir essas complicações em todo o mundo. A especialista também falou sobre os novos documentos orientadores que ainda estão em processo de elaboração.

“Uma das novas guias diz respeito ao desenvolvimento de procedimentos padrão para prevenir a propagação de patógenos multi-droga resistentes (resistentes a múltiplos medicamentos) em estabelecimentos de saúde com recursos limitados”, explicou.

Também participaram do seminário o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Hospital Moinhos de Vento e delegações de 22 países da América Latina e do Caribe, dos estados e municípios.

OPAS prevenindo infecções no Brasil

A OPAS tem trabalhado com o Brasil, por meio de termos de cooperação firmados com o Ministério da Saúde brasileiro e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), para qualificar a assistência prestada no Sistema Único de Saúde (SUS) e nos diversos serviços de atendimento do país.

Com as parcerias, a agência regional da ONU espera promover a segurança dos pacientes e estimular o uso racional de medicamentos e de outras tecnologias sanitárias.

O organismo lembra que as infecções relacionadas à assistência de saúde, conhecidas pela sigla IRAS entre especialistas, geram dor e sofrimento para pacientes e familiares, além de possuírem um alto potencial de causar sequelas permanentes e mortes. Essas complicações aumentam significativamente o tempo de internação dos pacientes hospitalizados, onerando os sistemas e serviços de atendimento.

Fonte: Onu Brasil