O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Fernando Collor , comunicou durante uma reunião do primeiro semestre que articulará juntamente com a presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, deputada Bruna Furlan , a apresentação de um projeto alterando as normas regimentais do Congresso Nacional.
O objetivo do senador é que o Parlamento possa analisar com maior eficiência e rapidez os muitos acordos internacionais assinados pelo governo brasileiro com outras nações e organismos multilaterais, mas que tardam a produzir efeitos devido à lentidão do Congresso em apreciá-los.
— Chega a ser vexatório para o nosso país, este é um nó que temos que desatar. Tem acordos que ficam 10 anos tramitando pelo Congresso. Defendo que adotemos um mecanismo como o fast track, uma via rápida na análise destes acordos — afirmou Collor, observando que, antes de ser formalizada, a proposta deverá ter a anuência do presidente do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
A intenção do presidente da CRE foi apoiada pelos senadores Armando Monteiro (PTB-PE), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Jorge Viana (PT-AC), que acreditam que parte da solução passa por uma tramitação mais rápida na Câmara, onde os acordos internacionais são analisados por outras comissões além da de Relações Exteriores.
Instituto
Durante a reunião foi adiada, a pedido de Cristovam, a votação do acordo que trata da criação do Instituto Pan-Americano de Geografia e História (IPGH), assinado pelo Brasil em 1928 (PDS 99/2017).
— Podíamos esperar mais 11 anos e comemorarmos o centenário deste Instituto — disse Armando, sobre a entidade cuja sede fica em Cuba.
A votação do texto foi adiada, e Collor esclareceu aos senadores que, neste caso específico, parte do atraso se deu por responsabilidade da Presidência da República, que o enviou ao Congresso somente em 2014.
Agência Senado
Foto: Pedro França -Agência Senado