O Ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, fez uma visita oficial de dois dias ao Brasil. Nesta sexta-feira (19), juntamente com o chanceler Mauro Vieira, participou da quarta edição do Diálogo Estratégico Global Brasil-China, a primeira desde 2019.
Os ministros trataram de questões econômico-comerciais, de segurança em Gaza e na Ucrânia, da mudança do clima e da facilitação do trânsito de pessoas. Na ocasião, eles assinaram o “Acordo entre o Brasil e a China sobre Vistos em Passaportes Comuns”, permitindo a emissão de vistos de até 10 anos de validade, dobrando o prazo máximo de concessão atual.
Segundo o Itamaraty, “a iniciativa facilitará as viagens, incentivará a promoção de negócios e impulsionará o turismo entre os países. Em 2023, mais de 37 mil chineses visitaram o Brasil”.
Uma só China
Mauro Vieira reafirmou o apoio “consistente e inequívoco” do Brasil ao princípio chamado política de “Uma Só China”. Isso significa que o Brasil reconhece que o governo central em Beijing representa toda a China e que Taiwan é parte integrante do território chinês.
O chanceler brasileiro confirmou uma ida do vice-presidente Geraldo Alckmin a Pequim para o encontro da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação, e uma visita do presidente chinês Xi Jinping, em novembro, para a cúpula de chefes de estado do G20.
Meio século de relações diplomáticas
A visita de Wang Yi ocorre no contexto das comemorações dos 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
Para marcar a ocasião, foi divulgado o logotipo elaborado conjuntamente, que será empregado nos eventos de comemoração. “Lançamos o símbolo do aniversário de 50 anos de relações diplomáticas, que será comemorado em 15 de agosto. Esse importante marco ensejará uma série de eventos políticos, acadêmicos e culturais, promovidos conjuntamente por Brasil e China, ao longo de 2024”, declarou o ministro Mauro Vieira.
