Acordo Mercosul-Singapura fortalece laços econômicos com a Ásia, afirma vice-presidente Geraldo Alckmin

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comemorou nesta quarta-feira (6) a iminente assinatura do Acordo de livre Comércio entre o Mercosul e Singapura, que deverá se concretizar nesta quinta-feira (7), durante a Cúpula do Mercosul, no Rio de Janeiro.

“Este será o primeiro acordo de livre comércio do Mercosul em mais de 10 anos e o primeiro com um país asiático. Essa integração fortalece os laços econômicos entre o Brasil, o Mercosul e a região asiática, criando oportunidades para maior diversificação das exportações e investimentos”, afirmou o vice-presidente, durante abertura da 63ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, que precede a reunião de chefes de Estado desta quinta-feira.

Alckmin mencionou ainda a adesão da Bolívia ao bloco, que também deve ser efetivada na quinta. Segundo ele, a entrada do país criará um espaço ainda mais significativo de integração regional e de possibilidades de desenvolvimento compartilhado.

“Como sabemos, o mundo está globalizado, mas o comércio continua a ser principalmente regional”, afirmou, citando números do comércio intrabloco na União Europeia (60% do total), na USMCA, antigo Nafta (quase 50%), na Asean (25%). “No Mercosul, é de apenas 10%. O comércio intrabloco tem crescido, mas precisamos mudar esse quadro”.

O ministro ressaltou a importância do Mercosul para a neoindustrialização dos países membros, lembrando que 80% da pauta comercial é relativa a produtos manufaturados ou semimanufaturados.

“Isso também significa também dizer que devemos desenvolver uma indústria verde, inovadora e inclusiva, que aproveite as potencialidades da região e estabeleça sinergia entre as estruturas produtivas complementares.”

Ainda de acordo com ele, tão importante quanto baixar tarifas e harmonizar padrões e sistemas é prover os meios físicos para garantir as trocar comerciais. Para isso, defendeu avançar na infraestrutura conjunta do bloco, melhorando rodovias, hidrovias, ferrovias, portos, aeroportos, fortalecendo o intercâmbio energético, o escoamento da produção e favorecendo o turismo.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços