A Renascença da Ásia Central: Rumo ao Desenvolvimento Sustentável e à Prosperidade

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Kassym-Jomart Tokayev, Presidente da República do Cazaquistão 

Por séculos, a região da Ásia Central atuou como uma única arena geopolítica e espiritual, dotada de recursos naturais significativos, substancial capacidade humana e um infinito patrimônio cultural e histórico.

 

OBJETIVOS COMUNS DE DESENVOLVIMENTO

 

A simbiose de estilos de vida nômades e sedentários não apenas formou o sistema econômico da região, mas também moldou sua única cultura política e jurídica e sistema de valores, caracterizados por um alto grau de tolerância e resiliência à mudança.

Impérios surgiram e caíram nas vastidões da Ásia Central, modelos políticos e econômicos evoluíram. No entanto, a identidade única da região permaneceu preservada. Desde tempos imemoriais, nossos ancestrais interagiram harmoniosamente com várias civilizações.

Devido a isso, a região desempenhou um papel fundamental na história da Grande Rota da Seda e da Eurásia como um todo, ao mesmo tempo em que preservava sua identidade etno-cultural e espiritual.

Na história moderna, nossos países enfrentaram muitos desafios e obstáculos. Previsões pessimistas de que as repúblicas da Ásia Central se juntaríam ao grupo dos chamados “estados falidos” não se concretizaram. As nações da região provaram seu valor e conquistaram seu lugar merecido na comunidade internacional.

Graças à unidade e sabedoria de nossos povos, fortalecemos a integridade territorial, a liberdade e a independência. Não seria exagero dizer que hoje cada país da região acumulou sua própria experiência única em construção de estado, desenvolvimento de uma economia de mercado, restauração do patrimônio cultural e formação de uma identidade nacional. As instituições públicas e estatais foram aprimoradas. Infraestruturas e indústrias desenvolvidas foram criadas, milhares de quilômetros de novas ferrovias e rodovias foram construídas, e importantes equipamentos sociais foram erguidos.

A política de abertura e renovação garantiu o crescimento progressivo das economias nacionais e a integração nas relações econômicas globais.

A evolução sistemática da educação, saúde e sistemas de pensões levou a um avanço significativo no status socioeconômico da população. As relações interestaduais dentro da região também passaram por mudanças drásticas. Relações bilaterais e multilaterais construtivas foram estabelecidas entre os países em todos os níveis, e a cooperação mutuamente benéfica vem se expandindo.

O progresso na resolução de questões ambíguas, que anteriormente frequentemente levavam a contradições e impediam o desenvolvimento abrangente da cooperação regional, é de fundamental importância. As conquistas na busca por soluções mutuamente benéficas nos setores de água e energia merecem altos elogios. Estão sendo criadas condições favoráveis para o avanço gradual das questões relacionadas à delimitação das fronteiras estaduais, melhorando o funcionamento dos pontos de controle fronteiriços, expandindo as conexões de transporte, lançando novas rotas e facilitando a viagem mútua dos cidadãos.

Os processos de aproximação voltados para unir esforços para garantir a segurança e a prosperidade de longo prazo da região tornaram-se consistentes e irreversíveis. Hoje, as relações entre os cinco Estados alcançaram um nível de parceria estratégica e aliança aprofundada, repletas de conteúdo concreto nas esferas política, comercial, econômica, cultural e humanitária.