“A Paz esteja com convoco”, com estas palavras, o Papa Leão XIV saudou a multidão de fiéis em sua primeira aparição na Galeria Central das Bênçãos da Basílica de São Pedro. Essa saudação harmoniza-se perfeitamente com a saudação em árabe “Assalomo Alaikom”, “que a paz esteja convosco”. “A paz esteja convosco” ou “que a paz esteja convosco” não são apenas uma saudação desejando que a paz se torne uma filosofia de vida, um código de ética, uma expressão genuína dos valores humanos, de nossa humanidade em geral.

É disso que realmente sentimos falta: paz, paz em casa, paz em nossa vizinhança, em nível nacional e também no mundo. Em um mundo de guerras contínuas, todos devem ouvir as palavras do novo Papa, não apenas como uma saudação, mas como palavras-chave para uma missão que espera por todos nós. As guerras devem cessar em todos os lugares; as armas devem ser descartadas ou, pelo menos, guardadas em algum lugar seguro, longe de nossos filhos. Já sofremos muitos ataques militares e já sabemos muito sobre marcas de caças, tanques, mísseis balísticos e outros. Precisamos praticar nossa forma civil de vida; precisamos conversar uns com os outros, trocar conhecimentos, competir nas artes, na música, em jogos de futebol e em todas as formas de cultura humana. É o momento certo para sentir e viver nossa civilização em nível nacional e mundial.

Para ser realista e lógico, o processo de paz deve ser colocado no caminho certo. Ações para alcançar a paz são uma pré-condição para o sucesso. O fardo da paz deve ser assumido por todos: instituições da sociedade civil, setores governamentais e não governamentais. O caminho mais curto para a paz é a plena adesão de todos ao direito internacional, manifestado na legitimidade da ONU. Ninguém deve recorrer a ideologias ou argumentos religiosos como pretexto para invadir, ocupar ou tomar posse de terras alheias pela força.

Para que isso aconteça, ações precisam ser tomadas, uma “convenção de ação” deve se manter firme, com toda a literatura mantida às centenas pelo Conselho de Segurança da ONU e pelas resoluções da Assembleia Geral. Essas resoluções devem ser implementadas por consenso entre todas as partes, de modo que ninguém vencerá por meio de guerra, em que todos perdemos. É exatamente isso que a análise de custo-benefício diria, se aplicada a cada guerra, crise ou conflito que nos precede. Esse é o reflexo do bom senso ao qual devemos sempre recorrer: i.e., a busca pela paz deve ser aliada à Ação…