Presidente colombiano volta atrás e fecha contrato com israelenses para manutenção de caças

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Para não ficar definitivamente sem um caça a jato operacional na Fuerza Aérea Colombiana (FAC), o presidente do país, Gustavo Petro, teve que voltar atrás e negociar com israelenses.

O presidente colombiano, que por inúmeras vezes acusou Israel de genocídio na Faixa de Gaza, chegou a anunciar o rompimento das relações diplomáticas com o estado judaico, que também respondeu de maneira recíproca cortando todo o apoio militar, que inclui suporte para manutenção dos caças IAI Kfir.

O Kfir é o único caça supersônico em operação na Colômbia, sendo um projeto israelense feito a partir dos franceses Dassault Mirage V. As aeronaves chegaram em 1990, e passaram por atualizações, mas ainda assim é um caça do final da década de 1970, com várias limitações tecnológicas, não ficando num nível próximo dos russos Sukhoi Su-30 Flanker da Venezuela, que hoje são a maior ameaça para a Colômbia e que recentemente fez várias violações do espaço aéreo do país vizinho, que não conseguiu responder à altura.

Agora, um acordo fechado no final do ano passado, e obtido pelo portal InfoDefensa, mostra que o governo de Petro selou um contrato de US$ 7 milhões (R$ 41 milhões) com Israel Aerospace Industries (IAI), que é a fabricante do Kfir.

Neste contrato, é notado que apenas 11 aeronaves estão em atividade hoje, sendo 9 voando e 3 em manutenção. Este número é praticamente um terço do total de 32 caças Kfir que a Colômbia comprou ao longo dos anos, e menos da metade dos 23 que o país tinha reportado estarem em serviço seis anos atrás, em 2019.

O acordo firmado com a IAI será para manutenção dos armamentos, aviônicos, célula, motores e outros componentes da frota de caças Kfir, e começará a ser executado a partir de julho de 2026.

Vale ressaltar que a Colômbia está no processo final de escolha do substituto dos caças israelenses, sendo que o sueco SAAB Gripen NG, o mesmo operado pela FAB, está como favorito, enquanto o americano F-16V Viper e o francês Dassault Rafale também estão na competição, mas com menores chances.

O governo Petro tem tido várias reuniões com a Suécia recentemente, indicando a preferência pelo Gripen. Com o recente atrito com Trump e corte de apoio dos EUA, que incluem a paralisação dos voos com os helicópteros Black Hawk, as chances de venda do Viper diminuíram, e, por outro lado, o Rafale é o mais caro e inviável das opções para a FAC.

Fonte: Aeroin