Embaixadora Sadia Faizunesa recebe delegação de Bangladesh em Brasília

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Por ocasião da chegada da delegação do Colégio Nacional de Defesa (NDC) do Bangladesh, a Embaixadora deste país no Brasil, Sadia Faizunnesa, realizou, na noite de segunda-feira (30), na Residência Oficial, um jantar de boas vindas. O buffet servido foi uma mistura de comidas típicas bengali e brasileira.

O Colégio de Defesa Nacional, também chamado de NDC é uma instituição de primeira linha, reconhecida mundialmente por sua busca de conhecimento avançado em defesa, segurança e estudos estratégicos. Sua missão se concentra no treinamento de líderes militares e civis selecionados de várias nações, formando especialistas altamente conceituados em todo o mundo.

Na solenidade, a Embaixadora bengali, em seu discurso, lembrou que Bangladesh surgiu em 1971, impulsionado pelo compromisso inabalável de seu povo com o liberalismo, o pluralismo e o secularismo. “Ao longo dos anos, testemunhamos a determinação de nossos cidadãos ao se posicionarem contra a opressão e a injustiça, defendendo os valores que inspiraram nossa independência”.

Desde sua soberania, o país asiático tem sido um modelo único de desenvolvimento socioeconômico em todo o mundo, um exemplo de empoderamento das mulheres e um espelho de resiliência no âmbito ambiental, econômico e políticos. “Acreditamos que a paz e a resolução de conflitos são vitais para o progresso social,  e recentemente, nossas corajosas forças armadas reafirmaram sua dedicação à paz, apoiando a busca de nossos cidadãos pela liberdade em tempos difíceis. Este compromisso baseia-se no nosso foco nos direitos humanos nos esforços de manutenção da paz”, explicou a Embaixadora.

Como terceiro maior contribuinte de tropas para missões da ONU, Bangladesh participou de 63 operações em 43 países, com 168 forças de manutenção da paz, permanecendo firme em seu compromisso de contribuir para futuras operações de paz da ONU, independentemente dos desafios. Além disso, o país é destaque nas respostas a desastres, no desenvolvimento de infraestrutura e na assistência humanitária.

“Como defensores do empoderamento das mulheres, priorizamos o envio de mulheres soldados da paz e a implementação da Agenda Mulheres, Paz e Segurança, e desde a criação da Comissão de Consolidação da Paz da ONU, Bangladesh tem sido um participante ativo, participando como Presidente e Vice-presidente e continua a se concentrar em questões cruciais como o envolvimento dos jovens, capacidade institucional construção e financiamento de iniciativas de paz”, prosseguiu Faizunnesa.

No âmbito das relações com o Brasil, a Embaixadora destacou que a Embaixada de Bangladesh no Brasil representa a nação em toda a América do Sul, sendo o Brasil o primeiro país da América do Sul a reconhecer a independência da nação asiática.

Em 2022, os dois países comemoraram 50 anos de relações diplomáticas, o que foi essencial para o fortalecimento do vínculo entre as nações. “Nos últimos anos, vimos avanços substanciais na colaboração econômica, com marcos significativos alcançados, incluindo a assinatura de memorandos de entendimento e acordos para aprofundar as esferas políticas e econômicas”, acrescentou.

A diplomata informou que o valor do comércio bilateral entre Bangladesh e Brasil, próximo de US$ 3 bilhões, indica que os dois países podem formar uma parceria empresarial e comercial muito poderosa, utilizada para o benefício mútuo dos povos de ambos os países. “Nossos governos estão trabalhando em estreita colaboração para trocar e promover conhecimento e know-how técnico no campo da cooperação agrícola e pecuária”, disse.

Faizunnesa finalizou sua fala reafirmando seu compromisso em continuar trabalhando arduamente junto do Governo Brasileiro em prol do fortalecimento das relações diplomáticas que apresentam um grande potencial de se expandir em diversas áreas.

Feliz em estar no Brasil, o Líder da Delegação do Curso Nacional de Defesa, Major-General Khan Firoz Ahmed, OSP, ndc, Exército de Bangladesh, agradeceu ao Ministério da Defesa brasileiro pela oportunidade, e disse que o parceiro sul-americano é muito bem visto e apreciado pelo povo bengali. “Muitos de meus conterrâneos podem desconhecer alguns países europeus, mas o Brasil eles adoram, principalmente por causa do futebol!”.

Sobre o Colégio de Defesa, Ahmed destacou que a entidade abriga 95 membros do curso de diferentes países, abrangendo historiadores estrangeiros de 18 países, e 33 cursistas estrangeiros. Além disso, o Colégio engloba cinco equipes (Brasil, EUA, Dinamarca, Itália e França).

Concluiu sublinhando o quanto a visita ao Brasil é importante para o conhecimento sobre o nível de estratégia do curso de defesa.

Por sua vez, o Membro do Curso Nacional de Defesa, Brigadeiro General Sahidur Rahman Osmani, Exército de Bangladesh, iniciou seu discurso agradecendo o caloroso profissionalismo e dedicação em sua estadia no Brasil, enfatizando que a mesma é um testemunho dos fortes laços de amizade e colaboração entre as nações do Bangladesh e Brasil. “Nossa visita ao Brasil enriqueceu nosso conhecimento. A delegação se beneficiou enormemente desta experiência, colocando em prática a sólida evolução de amizade entre os nossos países”.

“Nossa agência e entidade na embaixada de Bangladesh merecem nossa maior gratidão ao mundo inteiro pelo fortalecimento da relação diplomática e diferenciada entre Bangladesh e Brasil. A visita reforçou, sem dúvida, a supressão dos laços com as nossas duas nações e esperamos aprofundar esta colaboração nos próximos anos”, continuou Osmani.

Para concluir, em nome do Comandante do Colégio de Defesa Nacional e de todos os membros da delegação, Sahidur Rahman Osmani expressou seus mais sinceros agradecimentos à Embaixadora Sadia Faizunnesa, ao Ministério da Defesa e à toda a equipe da embaixada pela hospitalidade excepcional e por tornar a visita verdadeiramente memorável. “Seus esforços contribuíram enormemente para promover um entendimento e uma amizade mais profundos entre nossos países. Levaremos connosco as lições aprendidas aqui à medida que continuamos a trabalhar para melhorar a nossa relação diplomática, econômica e de defesa”, concluiu.