Chanceler Mauro Vieira está no Egito para cúpula de paz que discute guerra em Gaza

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Foto: Pedro França/Agência Senado

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, representará o Brasil na cúpula convocada pelo Egito para discutir a crise humanitária provocada pela guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. O ministro estava até quinta-feira (19) em Nova York, nos Estados Unidos, em uma agenda com reuniões e contatos telefônicos enquanto preside o Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Vieira já está no Cairo, a capital egípcia para o encontro que acontece hoje (21). O governo do país árabe convidou o Brasil para participar do encontro com outros países para discutir a escalada da violência no Oriente Médio. Como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recupera de uma cirurgia no quadril, o chefe do Itamaraty foi escalado para a cúpula. Além do Brasil, participam do encontro Jordânia, Catar e Turquia.

O principal tema do encontro é a crise humanitária na Faixa de Gaza. A crise se agrava a cada dia, uma vez que a população de Gaza não consegue sair da região porque as fronteiras estão fechadas e, ao mesmo tempo, sofrem com falta de água, combustível, eletricidade e com os bombardeiros intensos e diários de Israel.

A Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA) estima que o deslocamento interno em Gaza chegou a 1 milhão de pessoas, incluindo aproximadamente 513 mil abrigadas em instalações da agência.

O encontro no Egito ocorre 3 dias após o veto dos Estados Unidos à proposta negociada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU para um cessar fogo na região com a abertura de corredor humanitário para atender a população civil de Gaza.

Nesta quinta-feira, um acordo costurado com o Egito permitiu a entrada de 20 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

No fim de semana, Lula falou por telefone com o presidente do Egito, Al Sisi. Um avião da Presidência da República está no país e aguarda para fazer a repatriação de cerca de 30 brasileiros que estão em Gaza, perto da fronteira com o Egito. A travessia da fronteira ainda não foi autorizada.

As informações são da Agência Brasil