O embaixador da Argentina no Brasil, Daniel Scioli, manifestou sua preocupação recentemente semdevido ao aumento significativo de voos militares britânicos parando em território brasileiro, em seu caminho para as Ilhas Falklands (também chamadas por Ilhas Malvinas entre argentinos).
Em um documento diplomático entregue a Pedro Miguel Costa e Silva, Secretário de Negociações Bilaterais e Regionais das Américas, o governo portenho se mostra surpreso e preocupado, já que somente em janeiro deste ano, sete voos militares foram registrados.
O governo argentino detectou que entre os dias 4 e 28 de janeiro houve um tráfego incomum de sete aeronaves militares da Royal Air Force, a força aérea britânica, conectando as ilhas ao Brasil. Os aviões partiram do Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, e cinco desses sete voos foram de ida e volta.
De acordo com o MarcoPress, Scioli diz que “esses voos constituem uma manifestação adicional da ilegítima presença militar do Reino Unido no Atlântico Sul, que tem sido descrita pelos Estados membros e associados do Mercosul como contrária à política regional de busca de uma solução pacífica para o conflito”.
Os voos humanitários realizados pela RAF não são criticados pelo governo argentino, no entanto, operações dessa natureza (humanitário) somente são realizadas quando há vidas humanas em perigo devido a acidentes ou catástrofes, o que no momento não seria o caso, de acordo com os argentinos. Portanto, para eles, se trata apenas de deslocamentos militares.
Desta forma, e diretamente, o governo argentino “agradece que o governo brasileiro procure restringir a concessão de licenças para aeronaves militares britânicas provenientes ou com destino às Ilhas Malvinas apenas a casos estritamente humanitários”.
Em uma justificativa para o aumento dos voos para as Ilhas Malvinas, a RAF comenta que essas operações são devido ao início da campanha antártica.
Fonte: Aeroin