Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil Brasília
Segundo o chanceler, o Brasil quer levar sua voz para este debate. “Nós acreditamos fortemente que precisamos trabalhar a partir dos princípios de liberdade e dignidade humana, incluindo a liberdade religiosa, e aqui é importante especial atenção para as comunidades cristãs na região”, disse o chanceler.
O esforço de persecução da paz na região deve considerar, acrescentou, os princípios de identidade e sentimento de nação. “Pensamos que abandonar seu país e seus sentimentos não é a forma de chegar à paz. Nós acreditamos que cada nação pode encontrar na sua identidade e cultura a força para lutar pela paz”.
Diplomacia
Em seu discurso, Araújo defendeu uma diplomacia mais “franca”. Ele criticou o que chamou de dificuldades nas relações exteriores, por vezes marcadas por uma prática de inação. As Nações Unidas, avaliou, teriam se tornado muito “autocentradas”. “Elas criaram a noção de que qualquer solução deve ocorrer por meio de discussões infindáveis e, quando você alcança alguma forma de resolução, é apenas uma questão de texto, e não de um acordo real”, disse.
A conferência foi convocada pelo governo polonês e tem a participação de mais de 60 países. Nações do Oriente Médio, como o Irã, o Líbano, a Turquia e a Autoridade Palestina, não compareceram. O governo russo também não enviou representação. A China não foi convidada para o evento.
Além de Araújo, o evento teve a participação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, do vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence e do ministro das Relações Exteriores do país anfitrião, Jacek Czaputowicz, entre outros.
O ministro de relações exteriores do Irã, Javad Zarif, usou sua conta no Twitter para criticar o encontro. Ele atribuiu a iniciativa a um movimento dos Estados Unidos para articular sua influência na região.