Porta-voz chinês afirma que a China tomará todas as medidas necessárias para retaliar se EUA insistirem em prejudicar interesses chineses

A afirmação foi feita em uma coletiva de imprensa.

Matéria publicada as 20h30

Uma residente assina em uma campanha de rua em apoio à legislação de segurança nacional para a Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) em Hong Kong, sul da China, em 23 de maio de 2020. (Xinhua/Wu Xiaochu)

A China exigiu nesta sexta-feira que os Estados Unidos parem de interferir nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China, dizendo que tomará todas as medidas necessárias para contra-atacar se o lado norte-americano se obstinar em prejudicar os interesses do país.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Zhao Lijian fez as observações em uma entrevista coletiva ao comentar as reportagens de que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que anunciará medidas contra a China por sua legislação de segurança nacional para Hong Kong.

Na quinta-feira, os legisladores chineses na terceira sessão da 13ª Assembleia Popular Nacional (APN), o mais alto órgão legislativo, votaram predominantemente pela aprovação da Decisão da APN de Estabelecer e Melhorar o Sistema Legal e os Mecanismos de Aplicação da Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK) para Salvaguardar a Segurança Nacional.

A decisão da APN é uma questão completamente interna da China, na qual nenhum país estrangeiro tem o direito de interferir, enfatizou Zhao. “Tomaremos medidas necessárias para combater resolutamente os atos errados de forças externas que interferem nos assuntos de Hong Kong.

Zhao apontou que Hong Kong é uma área importante para investimento e operação dos círculos comerciais dos EUA.

Ele observou que os Estados Unidos têm 85.000 cidadãos, mais de 1.300 empresas, quase 300 sedes regionais e mais de 400 escritórios regionais em Hong Kong. Quase todas as principais empresas financeiras norte-americanas operam em Hong Kong. O superávit comercial dos EUA com Hong Kong acumulou US$297 bilhões na última década, ocupando o primeiro lugar entre os parceiros comerciais globais dos EUA.

“Uma Hong Kong segura, estável e próspera é do interesse dos Estados Unidos”, destacou Zhao.

“Saudamos todas as partes dos EUA a continuarem o desenvolvimento e alcançarem maior sucesso em Hong Kong.”

Os Estados Unidos têm interesses importantes em Hong Kong, disse o porta-voz, pedindo que o lado norte-americano compreenda claramente a situação e pare de interferir nos assuntos de Hong Kong e nos assuntos internos da China.

“A China tomará todas as medidas necessárias para retaliar se o lado norte-americano se obstinar em prejudicar os interesses da China”, declarou Zhao.

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Fabiana Ceyhan

Jornalista por formação, Professora de Inglês (TEFL, Teaching English as a Foreigner Language). Estudou Media Studies na Goldsmiths University Of London e tem vasta experiência como Jornalista da área internacional, tradutora e professora de Inglês. Poliglota, já acompanhou a visita de vários presidentes estrangeiros ao Brasil. Morou e trabalhou 15 anos fora do país.