Papa menciona Venezuela e Nicarágua em discurso de Natal

Na celebração Urbi et Orbi, o papa Francisco pediu mais compreensão e o esforço comum para o fim das divergências e a busca pela reconciliação. Para as Américas, ele mencionou especificamente a Venezuela e a Nicarágua. Segundo o pontífice, o momento é para pensar nos mais frágeis e na reconstrução do futuro.

O papa Francisco disse ontem (25) que espera que “este período de bênção permita à Venezuela encontrar o acordo e que todos os membros da sociedade se reúnam fraternalmente pelo desenvolvimento do país, ajudando os setores mais frágeis da população”.

A crise venezuelana se estende para os campos político, econômico e social. Sem emprego e perspectivas, imigrantes deixam o país em busca de alternativas. O Brasil e a Colômbia estão entre as nações que mais recebem venezuelanos.

O papa Francisco apelou ainda para a sensibilidade do governo do presidente nicaraguense, Daniel Ortega. “[Desejo que] os habitantes da querida Nicarágua se redescubran irmãos para que não predomine as divisões nem discórdias, no esforço para favorecer a reconciliação e por construir juntos o futuro do país.”

A Nicarágua vive uma crise política desencadeada por uma onda de protestos desde 18 de abril. Manifestantes pedem o fim do governo Ortega, mais liberdade de expressão e direitos humanos. Os protestos são repreendidos pelos agentes públicos e há denúncias de mortos, desaparecidos e feridos.

O papa Francisco também mencionou Síria, Iêmen, Ucrânia, Península Coreana e as comunidades de minorias religiosas. Ele ressaltou que todos devem ter os direitos preservados inclusive os relacionados à liberdade religiosa.

*Com informações da rádio Vaticano.

Texto: Agência Brasil

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Fabiana Ceyhan

Jornalista por formação, Professora de Inglês (TEFL, Teaching English as a Foreigner Language). Estudou Media Studies na Goldsmiths University Of London e tem vasta experiência como Jornalista da área internacional, tradutora e professora de Inglês. Poliglota, já acompanhou a visita de vários presidentes estrangeiros ao Brasil. Morou e trabalhou 15 anos fora do país.