Embaixada da África do Sul em Brasília recebe convidados para conhecer a culinária e roupas típicas do país

A Embaixada da África do Sul, realizou um evento para apresentar a culinária e tradição de seu país. Os pratos servidos para os presentes foram:

CARIL SUL-AFRICANO (CURRY)

Dois dos tipos de CARIS mais famosos na África do Sul, são o CARIL de Durban e o CARIL malaio, na Cidade do Cabo.
Hoje vamos provar o frango no caril de Durban.
Caril é uma especiaria muito tradicional na África do Sul, especialmente na comunidade indiana.
Os índios sul-africanos são parte integrante da diversidade e cultura do país…. daí o nome de nação do arco-íris.
Eles são descendentes do sul da Ásia e chegaram à África do Sul por várias rotas há muitos séculos. Hoje, os indianos sul-africanos vivem em todas as partes, mas o maior grupo reside em Durban, KwaZulu-Natal, ao sul de Moçambique.
Hoje, os indianos representam cerca de 2,5% da população da África do Sul e contribuíram não apenas para a diversidade do país, mas também para a economia.
Os primeiros índios chegaram durante a era colonial holandesa, como escravos, em 1684. Um cálculo conservador baseado estritamente em registros mostra que mais de 16.300 escravos do subcontinente indiano foram trazidos para o Cabo.
Entre os mais famosos de todos os indianos na África do Sul, está o lendário Mahatma Karamchandas Ghandi

  • BOBOTIE
  • Bobotie é um prato nacional da África do Sul.
    A origem da palavra BOBOTIE é controversa. O dicionário etimológico africâner afirma que a provável origem vem da palavra malaia BOEMBOE; Outros acham que se originou do BOBOTOK, um prato indonésio.
    As raízes deste prato remontam o século XVII. Comerciantes holandeses montavam acampamento na área que hoje é a Cidade do Cabo, como ponto de parada em suas viagens de ida e volta para a Indonésia. Os comerciantes então, traziam especiarias, técnicas culinárias e receitas com eles.
    A primeira receita de BOBOTIE apareceu em um livro culinário na Holanda, em 1609. Depois, foi levado para a África do Sul e adotado pela comunidade Cape Malay.
    Os Cape Malays são um povo de longa data da África do Sul, que originalmente foram levados como escravos, prisioneiros políticos ou exilados das Índias Orientais Holandesas. Eles passaram a ser chamados de Cape Malays, pois todos falavam malaio, uma importante língua comercial da época.
    Este prato clássico da África do Sul, pronuncia-se BO – BO – TIE, e rico, saboroso, e aromático. É uma refeição cheia de sabores da África!
    Se você estiver na Cidade do Cabo, reserve um tempo para visitar o Bo-Kaap, é uma área residencial malaia, onde as casas são pintadas com muitos cores vivos. Hoje, eles abriram suas casas como Air bnbs, como restaurantes de cozinha, para que estrangeiros e locais possam experimentar ainda melhor sua comida e cultura.

BOEREWORS
O nome é derivado das palavras africâner boer (“agricultor”) e wors (“salsicha”). É um tipo de linguiça se originou na África do Sul.

De acordo com a regulamentação do governo sul-africano, esta linguiça
deve conter pelo menos 90% de carne, sendo ela carne bovina, de cordeiro, e de porco, ou uma mistura de carne de cordeiro e porco. Os outros 10% são compostos por especiarias.

A linguiça Boerewors tradicional é formada em uma espiral contínua. Muitas vezes é servida com PAP (uma polenta feita de fubá).
Esta linguiça é o ingrediente principal de todo churrasco na África do Sul.
Existe até um dia nacional declarado Dia do Churrasco, que é celebrado dia 24 de setembro. Neste mesmo dia é celebrado o Dia da Herança Sul-Africana. Esta data reconhece e celebra a riqueza cultural da nação sul-africana. Os sul-africanos comemoram o dia lembrando a herança das muitas culturas que compõem a população da África do Sul.
O Dia da Herança, foi no passado conhecido como ‘Dia de Shaka’, em homenagem ao lendário rei Zulu, Shaka Zulu, que convenceu vários clãs zulus a permanecerem juntos e unidos contra os bôeres e os britânicos.
Este dia corria o risco de não ser decretado feriado nacional, já que o nome não era inclusivo. Entretanto, com a mudança de nome para dia da Herança, foi decretado feriado nacional em 1996, após aprovação do projeto de lei.
Tornou-se portanto um dia que celebra a herança única e a contribuição de todas a diversas culturas que formam os sul-africanos, a chamada Nação Arco-Íris.

Em 2007, o arcebispo Desmond Tutu foi nomeado Patrono do Dia do Churrasco, e na ocasião afirmou ser o churrasco, uma força unificadora em um país dividido, já que neste momento, as várias culturas se reunem em torno de uma mesma fogueira.

Lembremos da famosa frase de Desmond Tutu sobre o reunir-se em volta do fogo:
“é uma coisa fantástica, uma idéia muito simples. Independente da sua orientação política, cultura, raça, ou o que quer que seja, hierdie ding doen ons saam (essa coisa que fazemos juntos) se torna apenas sul-africanos fazendo a mesma coisa juntos e reconhecendo que somos uma nação fantástica”

RABADA – OU POTJIEKOS

Na África do Sul, POTJIEKOS é traduzido literalmente como “comida de panela pequena” , o um pote de comida preparado em panela de ferro fundido com tampa, normalmente em fogo direto.

Este ensopado de rabo de boi é um prato tradicional do Lesoto, mas isso não significa que os sul-africanos não o tenham abraçado, colocando nele seu próprio toque de comida sul-africana.
Lesoto tem uma população de cerca de 2 milhões, dos quais 1 milhão provavelmente vive e trabalha na África do Sul,

Na África do Sul, a rabada pode ser consumida como ensopado ou feita simplesmente como carne principal para ser combinada com uma seleção de acompanhamentos.

Parte da tradição sul-africana é ter um estoque de receitas verdadeiramente sul-africanas para passar de geração em geração. Mesmo que você não seja fã de rabada ou nunca tenha comido, experimente pelo menos uma vez – ou nunca saberá o que está perdendo.

Os pratos foram apresentados durante um jantar de confraternização com diplomatas, joenalistas e personalidades importantes no Brasil e permitiu que o grupo conhecesse ainda mais a cultura, gastronomia e peculiaridades da Africa do Sul.

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Fabiana Ceyhan

Jornalista por formação, Professora de Inglês (TEFL, Teaching English as a Foreigner Language). Estudou Media Studies na Goldsmiths University Of London e tem vasta experiência como Jornalista da área internacional, tradutora e professora de Inglês. Poliglota, já acompanhou a visita de vários presidentes estrangeiros ao Brasil. Morou e trabalhou 15 anos fora do país.