Artigo: Comidas engajadas na Casinha – Por Jamila Gontijo

Comer pode ser bem mais do que saciar a fome. Pode ser engajamento, pode ser cura, autocuidado e conhecimento. Pode ser um momento pra alimentar o corpo, a mente, as trocas sociais. Uma experiência completa. Foi assim na Casinha. A música que tocava era da @letrux e eu já fiquei embalada. Nas paredes, estímulos visuais: frases provocativas, desenhos, gravuras, objetos que instigam fomes diversas.

O cardápio é vegano e por isso, sem lactose. Não chega a ser comida funcional, mas tem muita comida artesanal. Também tem algumas opções sem glúten.  Tudo pode ser pedido diretamente para a cozinha pelo QR code, sem intermédio de garçons – que aliás nem ficam por lá. Só uma atendente no balcão colorido pelos cup cakes.

Enquanto eu esperava meu pedido chegar, pude escolher alguns livros da estante montada dentro da loja. Um  recurso ideal para quem adora, como eu, sair sozinha pra descobrir novos lugares para comer. Devidamente acompanhada de uma boa leitura, fique ali naquela esquina da asa norte vendo o movimento ao meu redor.

Na Casinha tem almoço com um prato do dia. Tem lanche, tem poesia, tem engajamento nas entrelinhas do menu. E não fica só na teoria: o bowl de arroz com lentilha e guacamole que eu pedi era pura materialidade saborosa. Pra fechar, um chocolate quente cremoso que além de me deixar mais bem-humorada (com suas substâncias estimulantes e saciantes) me deu aquela acolhida para os dias em que a gente está mais intimista e reflexiva.

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