Embaixador da China participa de debate on line e entrevista com intelectuais e jornalistas

É hora de superar as diferenças de cor da pele, história, cultura e sistema social para construir uma comunidade de futuro compartilhado para a Humanidade “.

O Embaixador da China no Brasil e sua equipe diplomática promoveram um debate on-line hoje(05 de junho). A conversa teve início ás 10h00 e durou cerca de 2 horas. A editora chefe do Brasili in Foco, Fabiana Ceyhan, foi uma das jornalistas participantes . Assim como vários membros da sociedade civil que pesquisam e ou participam de negócios com a China direta ou indiretamentamente.

O evento começou com a fala de abertura do embaixador Yang Wanming que enfatizou as relações com o Brasil e falou também sobre o crescimento da China. Sobre a diplomacia, o embaixador disse a seguinte frase: “A China vai insistir em promover uma diplomacia onde possa construir uma comunidade frutífera que possa ser compartilhada para toda a humanidade”.Após o discurso, que segue abaixo à integra, o diplomata respondeu a perguntas sobre as relações diplomáticas com o Brasil e voltou a falar sobre as interferências internacionais através de cidadãos estrangeiros em Hong Kong na tentativa de causar o caos e desordem.

Entender as diretrizes das Duas Sessões na China e consolidar o consenso sobre a parceria sino-brasileira Discurso do Embaixador Yang Wanming em videoconferência com veículos de comunicação e think-tanks do Brasil (5 de junho, às 10h, Sala de Reuniões 260 da Embaixada) Amigos de think-tanks e da imprensa,

Bom dia a todos. É um prazer conversar por videoconferência com os senhores, pesquisadores e jornalistas, que têm sempre acompanhado a China e trazido informações ao público brasileiro sobre o desenvolvimento da China e as relações sino-brasileiras. Somos muito gratos pelo vosso trabalho e estamos dispostos a manter este tipo de diálogo com mais frequência.

O evento de hoje acontece num contexto peculiar. A pandemia da COVID-19 que se alastra pelo mundo trará profundos impactos à conjuntura política e econômica global. Na semana passada, foram realizadas as chamadas Duas Sessões da China, nomeadamente a terceira sessão da 13ª (décima terceira) Assembleia Popular Nacional (APN) e a terceira sessão do 13º (décimo terceiro) Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), que são reuniões importantes para a deliberação e a tomada de decisões na China.

Neste ano, as Duas Sessões têm um significado ainda mais especial ao transmitir uma importante mensagem sobre a tendência do desenvolvimento chinês no curto prazo e os rumos da cooperação internacional na próxima etapa. Gostaria de aproveitar esta oportunidade para comentar algumas análises feitas durante as sessões em Beijing sobre a situação do desenvolvimento econômico e social da China e explorar as perspectivas da parceira sino-brasileira após a pandemia. Ao abordar as três perguntas seguintes, gostaria de compartilhar com os senhores algumas das minhas observações.

A primeira pergunta: como avalia a tendência da economia chinesa? 2 Sob o impacto da pandemia, a economia de todos os países enfrenta desafios e riscos sem precedentes.

A tendência da economia chinesa, a segunda maior do planeta, chama a atenção do mundo todo. Durante as deliberações nas Duas Sessões, o presidente Xi Jinping apontou o seguinte: “é necessário analisar a situação econômica da China numa perspectiva abrangente, dialética e de longo prazo, e vamos nos empenhar para criar novas oportunidades na crise e abrir novos horizontes nas mudanças.” Essa afirmação demonstra a confiança da China em alcançar seu desenvolvimento num mundo de maior instabilidade e incerteza. Essa confiança vem de três fatores: Primeiro, a China tem uma base econômica robusta.

De modo geral, nos últimos anos a economia chinesa vem mantendo um crescimento estável com uma velocidade média-alta. O PIB registou uma alta de 6,1% em 2019, a maior entre as principais economias do mundo, e o volume desse aumento era equivalente ao tamanho da economia de um país moderadamente desenvolvido. Com relação à estrutura do PIB, o consumo contribuiu com mais de 57%, tornando-se a principal força motriz do crescimento. No que se refere aos meios de vida, mais de 13 milhões de empregos foram criados anualmente por sete anos consecutivos, a renda per capita ultrapassou a casa dos US$ 10 mil pela primeira vez no ano passado e a taxa de urbanização superou a marca de 60%. Pode-se dizer que a economia chinesa já passou da fase de alto crescimento para a de desenvolvimento com alta qualidade, apresentando forte potencial e vantagens significativas.

A China tem a maior e a mais completa cadeia industrial do mundo, com forte capacidade de manufatura e de fornecimento de serviços auxiliares. Tem uma força de trabalho com mais de 170 milhões de profissionais altamente qualificados e o maior mercado de consumo do mundo, com uma classe média de 400 milhões de pessoas. A pandemia não vai mudar características básicas da economia chinesa, como o enorme potencial, a forte resiliência, o amplo espaço para manobras e a diversidade de instrumentos de política, tampouco vai afetar a tendência fundamental do crescimento a longo prazo. Segundo, a China tem uma capacidade suficiente de neutralizar os riscos. Graças aos árduos esforços do governo e do povo, conseguimos controlar, com eficácia, a propagação do coronavírus no país em tempo relativamente curto, e lançamos, em tempo útil, mais de 90 iniciativas com o objetivo de promover a reativação de toda a cadeia produtiva. Atualmente, 3 mais de 99% das principais empresas industriais já retomaram a produção e 95% dos funcionários já voltaram ao trabalho.

Em abril deste ano, o Índice de Gerentes de Compras da indústria transformadora permaneceu acima do limiar que separa a contração da expansão, o valor agregado das principais indústrias passou a ser positivo, enquanto 28 setores, incluindo manufatura, têxtil e processamento de produtos agrícolas, registraram um crescimento do valor agregado sobre o mesmo período do ano anterior. A indústria transformadora de alta tecnologia, como a informática e as telecomunicações, apresentou um aumento de quase 12%. Estes dados são sinais positivos de que a economia chinesa está neutralizando os riscos.

A imprensa notou que as Duas Sessões desse ano não definiram uma meta de crescimento econômico para este ano. Por um lado, isso reflete a imprevisibilidade em meio à incerteza causada pela pandemia e, por outro, emite a mensagem de que a China, em vez de recorrer a vigorosos estímulos para alcançar indicadores rígidos preestabelecidos, vai priorizar a qualidade do crescimento e a garantia dos meios de vida.

A meta, portanto, é garantir a segurança em seis áreas, entre elas, o emprego, o padrão de vida e o funcionamento das entidades de mercado. Isso significa, por exemplo, criar 9 milhões de novos postos de trabalho este ano, manter a taxa de desemprego por volta de 6% e o aumento do Índice de Preços ao Consumidor em torno de 3,5%, e zerar a população embaixo da linha da pobreza, que hoje é de 5,51 milhões. Esses indicadores só podem ser atingidos se a economia mantiver determinado ritmo de crescimento. Para alcançar esses objetivos, o governo elaborou políticas fiscais e monetárias que visam minimizar os impactos negativos e injetar mais vigor no mercado.

Entre elas, 2 trilhões de yuans disponibilizados com o aumento do déficit orçamentário e a emissão de títulos públicos para o combate à COVID-19 serão transferidos integralmente para os governos locais a fim de aumentar o consumo e o investimento; medidas como redução ou isenção de encargos previdenciários e aumentos de suportes financeiros vão diminuir os custos operacionais das empresas, especialmente as de pequeno e médio porte, com a expectativa de gerar uma redução adicional superior a 2,5 trilhões de yuans para as empresas ao longo do ano; um aporte de 600 bilhões de yuans será destinado, com prioridade, a projetos que alavancam o consumo e beneficiam a população, incluindo novos tipos de infraestrutura como a aplicação da 5G, redes de informação, veículos movidos a novas energias, e grandes obras de urbanização, de transporte e de conservação de água. 4 Terceiro, a China tem uma forte força motriz para o crescimento. Uma das forças motrizes é a implementação de uma estratégia de desenvolvimento movido pela inovação, que promove a modernização da indústria transformadora e o desenvolvimento de indústrias emergentes. Atualmente, os gastos com pesquisas científicas representam 2,19% do PIB chinês, percentagem maior que a média da União Europeia.

A China é o país que mais emprega profissionais em P&D e tem o maior número de patentes do mundo, tanto em pedidos como em outorgas. Ocupa o décimo quarto lugar no ranking do Índice Global de Inovação, à frente de todos os países em desenvolvimento. Apesar do impacto da pandemia, houve crescimento de novos modelos de negócios como compras online, entregas rápidas, plataformas de colaboração que permitem o trabalho em grupo via internet. A receita de algumas dessas empresas cresceu em 60%. A China continuará a dinamizar o mercado através de políticas macroeconômicas, promovendo o empreendedorismo e a inovação em massa, com o fim de atingir a média de abertura diária de 20 mil novas empresas. Outra força motriz é a maior abertura da economia chinesa. A China é o maior parceiro comercial de mais para 120 países e regiões, tem sido o segundo maior mercado de importação do mundo por 11 anos consecutivos e é um dos principais fornecedores da indústria transformadora mundial. Diante das mudanças no ambiente externo, a China vai expandir ainda mais sua abertura e trazer contribuições positivas para a estabilização das cadeias globais de abastecimento e de produção.

Medidas específicas incluem corte nos custos de conformidade das importações e exportações, incentivo a novas formas de negócio, como o comércio eletrônico transfronteiriço, redução significativa da lista negativa para investimentos estrangeiros, aceleração de construção de portos de livre comércio e de mais zonas-piloto de livre comércio, assim como a liberalização e facilitação do comércio e dos investimentos. Além disso, a China encontra-se em fase de rápido desenvolvimento de um novo tipo de industrialização, informatização, urbanização e modernização da agricultura. A sobreposição de fatores como dividendos da reforma, demanda por investimentos, potencial de consumo e dinamismo da inovação vai dar um impulso duradouro à continuidade do desenvolvimento econômico de qualidade.

A segunda pergunta: como avalia o rumo da diplomacia chinesa?

Minha resposta é composta por 3 insistências. Primeiro, a China vai insistir em promover a construção de uma comunidade de futuro compartilhado para a Humanidade. Ao custo de muitas vidas humanas, a pandemia nos mostrou que todos os países vivem uma aldeia global, onde prevalece a interdependência. É hora de superar as diferenças de cor da pele, história, cultura e sistema social para construir uma comunidade de futuro compartilhado para a Humanidade. A China está colocando em prática esse conceito por meio de ações concretas.

Nos últimos meses, fornecemos assistências emergenciais a 150 países e organismos internacionais, organizamos videoconferências entre epidemiologistas chineses e seus colegas de mais de 170 países, enviamos 26 equipes médicas a 24 países e produzimos insumos e equipamentos médico-hospitalares procurados no mundo, exportando 56,8 bilhões de máscaras e 250 milhões de roupas de proteção. Vamos continuar a nos empenhar nessas cooperações com o Brasil e toda a comunidade internacional no combate à pandemia. Ao fazer isso, não buscamos vantagens geopolíticas ou econômicas, muito menos impor quaisquer condições políticas, o único objetivo é fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para salvar mais vidas e ajudar a Humanidade a vencer essa doença o mais rápido possível. Segundo, a China vai insistir no caminho de desenvolvimento pacífico e a cooperação ganha-ganha.

O desenvolvimento pacífico é a linha de orientação da diplomacia chinesa. Sejam quais forem as mudanças na conjuntura internacional, a China vai sempre persistir nos princípios da paz, do desenvolvimento, da cooperação e do resultado ganha-ganha, e continuará empenhada em desenvolver a amizade e a parceria com os países na defesa dos objetivos da paz mundial e do progresso comum. No momento atual, as relações China-EUA têm atraído a atenção da comunidade internacional.

China e Estados Unidos, respectivamente o maior país em desenvolvimento e o maior país desenvolvido do mundo, têm grande responsabilidade pela paz e pelo desenvolvimento do globo e, portanto, devem tratar suas relações bilaterais com seriedade e de maneira adequada.

Fiel ao espírito de não se envolver em conflito ou confrontação e manter o respeito mútuo e a cooperação de benefícios recíprocos, a parte chinesa está sempre disposta a buscar, com a parte norte-americana, um caminho para a coexistência pacífica e as cooperações ganha-ganha entre países de diferentes sistemas sociais e contextos culturais, a fim de construir um relacionamento bilateral de forma coordenada, cooperativa e estável. Isso corresponde aos interesses 6 fundamentais e de longo prazo dos dois povos e constitui uma expectativa comum da comunidade internacional. Terceiro, a China vai insistir na defesa da reforma do sistema de governança global.

A pandemia revelou deficiências dos sistemas de saúde pública dos países, a fragilidade das cadeias globais de abastecimento e de produção, assim como as fraquezas da capacidade e dos sistemas de governança mundial. Uma nação, por mais poderosa que seja, não consegue resolver tudo. A comunidade internacional só é capaz de enfrentar os desafios globais do presente e após a pandemia se praticar o multilateralismo e persistir na solidariedade e na cooperação. Junto com os outros países, a China vai se empenhar na salvaguarda do multilateralismo e da justiça internacional, defendendo, sobretudo, o papel central das Nações Unidas e as devidas funções de suas agências especializadas como a OMS para otimizar a governança mundial da saúde pública. Além disso, a China continuará trabalhando para uma economia mundial mais aberta, fazendo com que a globalização seja mais aberta, inclusiva, equilibrada e benéfica para todos.

A terceira pergunta: como será a parceria China-Brasil após a pandemia? Em particular, diante dos profundos impactos que a pandemia causou na economia mundial, quais serão os efeitos sobre a diversificação das exportações brasileiras para a China, os investimentos chineses no brasil e outras cooperações pragmáticas bilaterais?

Vou comentar o assunto da seguinte forma. No tocante ao comércio bilateral, a China tem se mantido, por onze anos consecutivos, como maior parceiro comercial do Brasil e o maior destino de suas exportações. O Brasil, por sua vez, é o primeiro país latino-americano a ter um comércio com a China acima dos cem bilhões de dólares. De janeiro a abril deste ano, apesar do impacto da pandemia, o comércio bilateral registrou uma alta de 3,5%, e o Brasil vendeu quase 11% a mais à China em relação ao mesmo período do ano passado, com aumento nos principais itens como soja, carne bovina, petróleo bruto, minério de ferro e celulose. Não foi fácil conseguir esse resultado, mas ele é muito encorajador, porque demonstra que a pandemia não abalou o fato de que o nosso comércio é altamente complementar e tem um enorme potencial. O relatório de trabalho do governo chinês deste ano deixou claro que será implementada uma estratégia para expandir a demanda do mercado doméstico a fim de recuperar o consumo.

Isso, com certeza, vai aumentar a procura por diversos bens na China, abrindo mais espaço para a compra de produtos e serviços de qualidade do Brasil.

Com o avanço da urbanização e o aumento da renda e do poder de compra dos chineses, vai crescer de forma estável a nossa demanda por produtos brasileiros com vantagem competitiva como grãos, proteína animal, frutas, laticínios e café. Daqui a dez dias, será realizada pela internet a Feira de Cantão. Trata-se da primeira vez que esta grande feira de importação e exportação da China acontecer dessa forma na sua longa história.

Em novembro, terá lugar a terceira edição da Feira de Exportação da China. Quero deixar o convite ao governo e ao empresariado do Brasil para participar dessas feiras e apresentar mais produtos diferenciados aos consumidores chineses.

Gostaria de salientar que, a longo prazo, o aumento quantitativo e qualitativo do comércio sino-brasileiro depende dos esforços conjuntos para facilitar e liberalizar o comércio, eliminando as barreiras tangíveis e intangíveis a fim de criar um ambiente amigável e previsível para nossas empresas. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está conduzindo, com seu parceiro chinês, um estudo conjunto para embasar os arranjos de facilitação comercial como o acordo de livre comércio entre a China e o Brasil ou mesmo o Mercosul. Espero ver avanços substanciais nesse trabalho em um futuro próximo para promover o crescimento estável, diversificado e equilibrado de nossa parceria comercial.

No tocante aos investimentos, a China é uma importante fonte de investimento estrangeiro no Brasil e seus aportes estão entres os que apresentam maior ritmo de crescimento. Até o momento, quase US$ 80 bilhões foram investidos em uma ampla gama de setores como agricultura, energia e mineração, infraestrutura, telecomunicações e manufatura, criando mais de 40 mil empregos diretos para o Brasil. Empresas chinesas veem com bons olhos a perspectiva de crescimento a médio e longo prazo e o vasto mercado do Brasil. No mês passado, em plena pandemia, a empresa chinesa BYD fechou com o Metrô de São Paulo um contrato de fornecimento para a linha 17. Isso ilustra com precisão a confiança e o entusiasmo de empresas chinesas para com a sua parceria com o Brasil. É claro que a pandemia tem afetado dificultou a viagem de pessoas, as negociações comerciais, as visitas técnicas e várias outras atividades.

Neste momento, vejo como prioritário que o governo, o empresariado e as câmaras de comércio dos dois lados possam flexibilizar os canais de comunicação para intensificar o conhecimento mútuo das políticas e iniciativas, sobretudo em 8 relação aos planos de recuperação econômica após a pandemia. Também é fundamental analisar a fundo as vias de cooperação em áreas essenciais como agronegócio, infraestrutura, energia e mineração, além de buscar formas de cooperação condizentes, ao mesmo tempo, com as características do mercado brasileiro e com as expectativas comerciais das empresas chinesas quanto a modelos operacionais, instrumentos de financiamento e normas técnicas da obra. Com isso em mente, o Ministério da Infraestrutura do Brasil já realizou uma videoconferência com empresas chinesas para apresentar projetos ferroviários e o resultado foi satisfatório. Em breve, os dois governos vão organizar um seminário online sobre a parceria bilateral em infraestrutura.

Acredito que essas tentativas vão criar uma plataforma para que as empresas interessadas possam explorar oportunidades, além de estender a parceria em investimentos a mais setores e fazê-la crescer com qualidade e de forma sustentável.

No campo das cooperações pragmáticas, a pandemia torna mais urgente a necessidade de a China modernizar sua manufatura e desenvolver indústrias emergentes de modo a criar oportunidades ainda mais expressivas. O relatório de trabalho do governo chinês indica que serão lançadas mais políticas de apoio à inovação em alta tecnologia, promovendo o desenvolvimento da nova economia em áreas como a internet industrial, manufatura inteligente, comércio eletrônico e serviços on-line. O Brasil também é uma importante nação emergente no setor tecnológico, são evidentes as vantagens complementares entre os dois países. Além dos setores tradicionais, as duas partes podem desenvolver oportunidades de investimento em novas áreas, como telecomunicação 5G, energia limpa, agricultura moderna e economia on-line. Isso dará impulso à cooperação em vertentes relacionadas à transferência de tecnologia, pesquisa e desenvolvimento conjunto e capacitação de pessoal, fazendo essa parceria de investimento e ciência e tecnologia migrar para áreas que se encontram no topo da cadeia de valor.

Além disso, a China está disposta a intensificar o intercâmbio cultural e interpessoal com o Brasil e apoiar a cooperação entre mais think-tanks e veículos de comunicação social, com o objetivo de aumentar a compreensão mútua entre as duas sociedades e consolidar a base de opinião pública para a amizade bilateral. Caros amigos, 9 O ano de 2020 não vai ser o melhor, tampouco o pior de todos. Na verdade, isso depende da nossa atitude e da forma de reagirmos.

A China tem confiança e capacidade de vencer os desafios e realizar a prosperidade, o rejuvenescimento nacional e a felicidade do povo. Tenho também a convicção de que nossos dois países têm a vontade, a sabedoria e as condições para encontrar oportunidades em meio à crise e promover um novo e maior desenvolvimento da parceria bilateral, trazendo benefícios aos dois povos. A seguir, estou à disposição para responder a suas perguntas.

Compartilhe

Brasília in Foco